Edifício Copan, no centro de São Paulo (SP)
Uma moradora de um dos edifícios mais populosos do Brasil, o Copan, já teve que pagar R$ 678 de multa por conta de seu envolvimento indireto com uma relação sexual nas escadarias do prédio. Segundo reportagem da "Folha de S. Paulo", a inquilina havia emprestado o imóvel para uma amiga do Rio de Janeiro. Esta recebeu um casal de visitantes. Os dois se identificaram na portaria do edifício e pegaram o elevador.
Câmeras de segurança flagraram a saída deles, que, no lugar de seguirem em direção ao apartamento, foram para as escadas externas de acesso ao terraço.
Desconfiado, o segurança resolveu ir atrás. Encontrou os dois lá no alto durante a transa, que rolou no último dia 27, às 22h20.
"Entrei numa área livre, não quebrei a porta, não incomodei ninguém. Quando o segurança chegou, parei o que estava fazendo e fui embora. É ridícula essa situação de moralismo, de patrulha da vida alheia. Quem nunca transou num local público? Tá bom, a diferença é que fui pega", disse a garota flagrada, que não quis se identificar, para a reportagem.
A mulher, que mora no Rio, conta que já pagou o valor da multa para a amiga inquilina. Para tentar minimizar o estrago na conta bancária, ela criou uma página chamada "peripécias no Copan", no site de arrecadação Vakinha.
Até ontem à noite, a página tinha cerca de 9.000 visitas e arrecadou apenas R$ 20 dos internautas.
Projetado nos anos 1950 por Oscar Niemeyer, o Copan enfrentou nos anos 1980 prostituição aberta nos corredores e tráfico de drogas. O prédio só foi colocado nos eixos graças ao trabalho incessante do síndico e também de quem vive por lá. Hoje, o edifício localizado no centro de São Paulo abriga 2.038 moradores, que ocupam 1.160 apartamentos distribuídos em seis blocos.
(Com informações da "Folha de S. Paulo")