CONFIRA COMO OS PRINCIPAIS JORNAIS DO BRASIL SERVEM A DIREITA E A UM POSSÍVEL GOLPE CONTRA A NOSSA DEMOCRACIA E CONTRA O NOSSO POVO.


CONFIRA COMO OS PRINCIPAIS JORNAIS DO BRASIL SERVEM A DIREITA E A UM POSSÍVEL GOLPE CONTRA A NOSSA DEMOCRACIA E CONTRA O NOSSO POVO.

 Por Alexandre Haubrich* Todas as manchetes convergem para atacar e isolar Dilma Rousseff.
Se não passa de preocupação vã a ideia de que uma conjuntura para um golpe – armado ou institucional – está sendo preparada pela direita brasileira a partir de protestos que começaram com setores de esquerda, é fato que a mídia dominante, historicamente desapegada à democracia e apoiadora do Golpe Militar de 1964, tem feito de tudo para direcionar apenas à presidenta Dilma Rousseff a insatisfação que tem levado multidões de brasileiros às ruas.(continua...) Reprodução Veja
Já o site do jornal O Globo noticia na manchete que “Proposta de Dilma de uma Constituinte específica para reforma política é contestada por juristas”. Em chamadas da mesma matéria, diz que “Proposta de plebiscito causa polêmica até entre aliados” e repercute declaração de José Serra (PSDB): “‘Sem pé nem cabeça’, diz Serra sobre proposta de Constituinte. Quer dizer, mesma linha da Veja: crítica geral + isolamento interno + crítica do PSDB. Em outras chamadas, mais ataques: “Na Saúde, medidas propostas por Dilma já não são novas”, “Movimento Passe Livre diz que Presidência é despreparada” e “Só 16% das verbas para mobilidade foram gastas”. Finalmente, uma chamada simpática…a Geraldo Alckmin (PSDB): “Alckmin suspende aumento de pedágios nas rodovias paulistas”.
Reprodução O Globo
A Folha de S. Paulo, em seu site, foi pelo mesmo caminho. Destaca não a fala de Dilma, mas a resposta da oposição: “Oposição ataca Dilma após proposta de plebiscito sobre reforma política”, diz a manchete, para na linha de apoio noticiar que “políticos dizem que ela quer desviar a atenção”. Em chamadas secundárias, seguem os ataques. São três: “Aumento de tarifas opõe Dilma a prefeitos”, “Dilma divide problema com Congresso” e “‘Necessitamos de reforma política’, diz Alckmin”. Novamente a construção de discurso da Veja e de O Globo. Mais abaixo, outras duas chamadas completam a linha: “Presidência é ‘despreparada’ no tema transporte, diz Passe Livre” e “Alckmin anuncia suspensão do reajuste dos pedágios de SP”.
Reprodução Folha de S. Paulo
O site do Estadão talvez seja o mais significativo da linha geral adotada por esses veículos. Sua organização da capa tem como destaque uma manchete principal e quatro secundárias. Todas elas se encaixam perfeitamente na linha editorial seguida pelos demais portais. A principal, “Dilma propõe plebiscito e Constituinte para reforma política e é contestada”; “Proposta é mal recebida no STF e no Congresso Nacional”; “Anúncio de Dilma é ‘forma para distrair o povo’, diz ex-ministro”; “Passe Livre diz que Dilma não apresentou proposta concreta”; e “Alckmin suspende o reajuste do pedágio nas rodovias de São Paulo”. Ou seja, o nome “Dilma” presente em três das cinco manchetes, quatro das manchetes negativas à presidenta e a outra positiva em relação a Geraldo Alckmin.
Reprodução Estadão
O site do jornal Zero Hora ainda mantinha, na madrugada de segunda para terça, destaque total para o protesto que recém ocorrera em Porto Alegre, sem grande espaço relacionado ao que falara Dilma e suas repercussões. Nesta terça-feira, porém, sua capa acompanhou a linha dos demais. Mesmo com uma manchete neutra, todas as três chamadas secundárias apresentam posições contrárias às propostas da presidenta.
Com vistas a um rompimento democrático ou com objetivos eleitorais para 2014, fica claro o oportunismo e o entrosamento entre os principais veículos das velhas elites, que têm mantido uma linha bastante semelhante e construído mudanças editoriais concomitantes e no mesmo sentido desde que os protestos começaram a intensificar-se.

Na última segunda-feira, 24 de junho, aconteceram protestos em menor número, mais espalhados. No mesmo dia, Dilma falara em rede nacional e propusera 5 conjuntos de medidas na tentativa de aplacar a crise política, incluindo um plebiscito para finalmente construir uma Reforma Política. Os principais portais de notícias do país responderam com novos ataques contra a presidenta, procurando manter o foco totalmente direcionado a ela. As manchetes não deixam dúvidas. “Dilma” está por todos os lados dos portais, sempre acompanhada de expressões negativas e de interpretações contrárias às medidas que propôs.

O site da revista Veja diz em sua manchete que Dilma está “nas cordas”, e que “inventou” um plebiscito ao qual Veja chama de “oportunista”. Afirmar que a presidenta está “nas cordas” nada mais é do que apresentá-la como acuada, à beira do nocaute. Veja diz ainda que o plebiscito é “mecanismo contestável juridicamente” e que a presidenta quer “empurrar a responsabilidade”. Em chamadas secundárias da mesma notícia, fala em “tentativa de golpe bolivariano”, no “perigo” de “desmoralizar o Congresso”, afirma que “líderes do governo não sabiam da proposta”, que “para novo ministro, ideia é inconstitucional” e que Dilma “foge das demandas das ruas”. Por fim, uma entrevista exclusiva com Fernando Henrique Cardoso, que afirma já na chamada: “Política externa de Dilma tem visão equivocada”.
Reprodução Zero Hora

Um panorama geral mostra de forma clara uma linha comum entre estes veículos. Essa linha é composta por algumas características presentes em todos ou quase todos os portais: 1. Crítica personalizada, inclusive com uso diretamente do nome de Dilma Rousseff em parte significativa das chamadas; 2. Aparência de isolamento de Dilma em relação a seus próprios apoiadores e a outras instituições da República; 3. Grande espaço para o que a oposição disse a respeito das declarações, com especial atenção a figuras do PSDB; 4. No entorno, chamadas positivas em relação a membros da mesma oposição.
Publicado no blog por Dedé Rodrigues.

*Alexandre Haubrich é jornalista.

Fonte: Jornalismo B

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