Nada de pedra, nada de terra, nada de montanhas ou morros. Este ano o público que foi prestigiar a Paixão de Cristo, no Taguaparque, nesta sexta, 29, assistiu a um espetáculo diferente. Ao invés de cenários, manufaturados, trazendo as estações da Via-Dolorosa, três telões projetavam imagens da Cidade Santa.
Um público estimado de 14 mil pessoas assistia, em silêncio, a encenação do ator Sérgio Marone, como Jesus Cristo, e dos cerca de 800 figurantes que compuseram o espetáculo. No papel de Verônica,- a mulher que enxugou o suor de Cristo -, estava a cantora Elba Ramalho.
O espetáculo trouxe ainda, a apresentação de bailarinas que embelezaram o cenário com coreografias durante a tentação de Jesus no deserto e a angústia do Cristo humano temendo a sua morte.
Entre um ato e outro, atores recitavam textos adaptados a trechos das Sagradas Escrituras. Música, luz e som faziam o público reviver a história da traição, paixão e morte de Cristo. No telão, cenas do ator Sérgio Marone, recebendo a coroa de espinhos e violentos açoites, hipnotizaram o público.
Na Via-Crucis, após enxugar o suor de Jesus, Elba Ramalho emocionou o público com o Canto da Via-Sacra, - estação ao qual Jesus já está sem forças, seguindo para o Monte Gólgota.
A crucificação de Jesus se dá no palco principal. Vivendo o Cristo já crucificado, Marone recita a fala final do messias, que num último suspiro, abaixa a cabeça e entrega seu espírito ao Pai.
Neste momento,ao som do canto de Ave Maria, entoado por Elba Ramalho, o público, emocionado, contempla Jesus sendo retirado da cruz para ser entregue nos braços de sua mãe. Sepultado, o espetáculo se encerra e o público aplaude. Um sucesso!
O desfecho já é conhecido, mas essa é outra parte da história que só poderá ser contada no domingo de Páscoa, quando, novamente, atores, música, luzes e telões trarão o brilho da maravilhosa ressurreição de Jesus Cristo.
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