No entendimento do promotor Oscar Nóbrega, prefeito pode ter usado cargo que ocupava no governo do estado para fazer política e se beneficiar eleitoralmente com a distribuição de poços do IPA na comunidade rural de Pintada, em setembro passado.
“Aos olhos Ministeriais, não há dúvida acerca da influência do então candidato a Prefeito na execução desta obra pública...nesse passo o histórico funcional do réu José Coimbra Patriota Filho pelo próprio circunstanciado na peça de defesa é prova suficiente de sua vinculação com o governo estadual e, por via reflexa, com as empresas e cooperativas a ela vinculadas. Além de compor a mesma sigla : o PSB, o então candidato desde 2007 integra o quadro da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, ocupando cargos em comissão como a Gerência do Prorural, a Secretaria de Articulação Regional e a Secretaria Executiva de Tecnologia Rural e Programas Especiais, o qual se viu obrigado a desincompatibilização em junho de 2012”, diz o promotor no parecer.
Na opinião de presidente do PT local e ex candidato a prefeito, Jair Almeida autor da denúncia, a decisão prova para a população que não estava fazendo uma denúncia vazia.
"Esperávamos esta decisão a cinco meses, mas a demora valeu a pena. Não é uma denúncia só nossa, agora e também do Ministério Público. O julgamento final agora é da juíza eleitoral Maria da Conceição Godhoi Bertolini. As eleições foram vencidas por um grupo político que ganha uma eleição através de dinheiro, que foi o que aconteceu em Afogados da Ingazeira", comemorou Jair.
Foi com bastante tranquilidade que o Prefeito José Patriota, recebeu o parecer do MP recomendando sua cassação. Essa também foi à reação da Vice-Prefeita, Lúcia Moura.
“A consciência está tranquila, agimos corretamente durante toda a campanha. A nossa defesa foi contundente em desmascarar, item por item, as frágeis acusações que foram feitas,” declarou o Prefeito José Patriota.
Segundo o advogado Carlos Marques, que atuou na defesa de Patriota e Lúcia, o que saiu foi apenas o parecer do Ministério Público, que como o próprio nome diz, é apenas uma opinião, uma recomendação, que pode ou não ser acatada na decisão da justiça em primeira instância.
Luiz Carlos
