Satanás processado em Flores/PE


Satanás processado em Flores/PE

Isso de que o diabo teria sido processado em Flores, faz parte da tradição histórica da velha cidade. A notícia, sem ter provas documentais, veio sendo transmitida, de geração em geração, ao logo dos séculos XIX e XX e renomados historiadores trataram dela.
O tema permanece nas tradições históricas da terra. Os autos do processo não existem em Flores, não se tem provas de que tenham existido e nem informações seguras de onde estejam. Tudo parece ter começado em meados do século XIX, quando atuavam na política florense o Ten-Cel. Nogueira Paz, ligado ao Partido Liberal e o Major Manuel Pereira, do Partido Conservador. Relata-nos a escritora florense, Maria Stella Barros de Siqueira Campos, no seu livro “Flores, Campos, Barros e Carvalho”, que o corpo de um homem fora encontrado nas proximidades da Vila, pendurado por uma corda, num galho de uma árvore. O assassino não deixara pista. Suspeitos não havia. (continua...)
Tomadas as providências policiais, instaurado o inquérito, foram ouvidos os vizinhos mais próximos. O processo teria sido remetido ao juiz do crime. Todas as testemunhas, entretanto, respondiam ao magistrado que a vítima não tinha inimigo. A cada pergunta do juiz, uma pergunta evasiva. Ninguém sabia de nada. Até que uma das testemunhas respondeu: “Só se foi o satanás, doutor”. O juiz, convencido do mistério que envolvia o crime, decidiu dar ao processo uma solução esquisita, imputou como réu do assassinato o “capeta”, condenando-lhe às penas previstas.
Acrescenta Maria Stella Barros de Siqueira Campos, que em 30 de setembro de 1916, quando o governado Manoel Borba visitou a cidade de Flores, teria solicitado do escrivão do Segundo Cartório, Ladislau Nunes de Souza que lhe mostrasse a curiosa peça jurídica, tendo sido satisfeita sua curiosidade. Anos mais tarde, soube-se que o processo havia sido remetido para o Rio de janeiro, sem saberem seu destino exato, supondo, os descendentes do escrivão, que os documentos poderiam estar em algum museu da capital carioca.
Referências:
SIQUEIRA CAMPOS. Maria Stella de. Flores, Campos, Barros e Carvalho – Olhando para o passado, até onde a vista alcança. Ed. Comunicante. Recife. 1999.
NETO. Belarmino de Souza. Flores do Pajeu – histórias e tradições. Ed. Biblioteca Pernambucana de Historia Municipal. Recife. 2004.
VIA www.facebook.com/pages/Prefeitura-de-Flores-PE/345159708965710
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