Jerusalém está sitiada!


Jerusalém está sitiada!

A viagem às Terras Bíblicas promovida pelo ministério Beth-Shalom/Chamada da Meia-Noite chegou a Jerusalém. Depois de dois dias participando do 41° Congresso Profético, pudemos conhecer melhor esta cidade que tem mais de 3 mil anos de existência.
Quem visita a cidade de Jerusalém verá que o “centro” turístico e histórico é a chamada cidade velha, que possui uma estrutura de muralhas com quase 500 anos. Elas são remanescentes do tempo em que o Império Otomano dominava o território de Israel.
Mesmo após o fim do Império Otomano em 1922, as muralhas edificadas em 1538 ainda permanecem de pé. Sua extensão é cerca de um quilômetro quadrado e, segundo a tradição, elas foram edificadas sobre os alicerces das muralhas que existiam nos tempos de Jesus. Ou seja, é possível se ter ainda hoje uma boa noção de como era a cidade, especialmente por que foram mantidos muitos de seus aspectos. Muralhas em Jerusalém.

É justamente esta área que abriga um dos lugares mais sagrados tanto para judeus quanto para muçulmanos. Trata-se do Monte do Templo, ou Monte Moriá. Neste local, onde Abraão quase sacrificou seu filho Isaque (Gênesis 22), também foi onde Deus apareceu a Davi. O rei Davi, que conquistou Jerusalém dos jebuseus, queria construir ali um templo, mas isso só tornou-se realidade no reino de Salomão, seu filho (1 Crônicas 21:15-28; 2 Crônicas 3:1; 2 Samuel 24:16-25).


Monte do Templo.

A tradição islâmica conta uma história diferente. Para os muçulmanos, o sacrifício no Monte Moriá teria sido o de Ismael. Ali é o lugar onde está a “pedra sagrada do sacrifício”. Foi também aqui que ocorreu o que eles chamam de “a viagem noturna”, relatada na 17ª sura do Alcorão. Montado em um cavalo alado chamado Buraq, Maomé teve uma experiência mística no que o Alcorão chama de “visita à mesquita mais distante”. Se fosse feita por um cavalo comum, ida e volta demoraria um mês. Nesse episódio, Maomé foi e voltou de Meca (na Arábia Saudita) a Jerusalém numa noite.

Curiosamente, o texto corânico não cita Jerusalém especificamente. A identificação vem de documentos posteriores (hadiths). Por isso, Jerusalém é chamada de “Al Quds” (a Santa).


Terra Santa.

Tornou-se a terceira cidade mais sagrada do Islã, atrás de Meca e Medina. Não existe qualquer comprovação histórica que Maomé tenha estado em Jerusalém. Mais estranho ainda é o fato de que a primeira mesquita edificada na cidade foi por ordem do Califa abd al-Malik em 691. Ou seja, mais de 30 anos depois da morte de Maomé. Como ele poderia ter visitado uma mesquita que ainda não havia sido construída? Não há resposta para isso no Islamismo que não apele para a fé.

O templo de Salomão foi construído no alto do monte Moriá no ano 1005 antes de Cristo. Destruído pelos babilônicos durante a invasão de 587 a.C., um segundo templo somente foi surgir em 516 a.C. Após um longo período, foi restaurado com dimensões ainda maiores pelo governante romano Herodes, o Grande, no ano 65 a.C. Este era o Templo que existia nos dias de Jesus. Foi destruído juntamente com o restante de Jerusalém no ano 70 pelo exército romano, liderado pelo general Tito. Sobrou apenas um pedaço do muro que dava sustentação as muralhas que cercavam o Templo.

É o que até hoje é chamado “Muro das Lamentações”, local considerado sagrado pelos judeus.


Mulheres na Esplanada das Mesquitas.

Acima, no espaço onde antes ficava o templo de Salomão se encontra até hoje a “Esplanada das Mesquitas”. Construída entre os anos 688 a 691, o espaço abriga dois edifícios sagrados para os muçulmanos. No local onde outrora ficava o altar dos sacrifícios do Templo de Salomão está o Domo da Rocha, ou Mesquita de Omar. Sua abóboda feita de ouro acabou se tornando o “símbolo” da cidade de Jerusalém, mesmo não sendo uma construção judaica.

Do lado oriental, algumas dezenas de metros de distância está a Mesquita de Al-Aqsa (“a distante”). Segundo os estudiosos, está edificada sobre o local onde um dia esteve a parte mais importante do Templo, o Santo dos Santos. Os rabinos conservadores proíbem os judeus de visitarem o espaço do Monte do Templo justamente por causa disso.


Domo da Rocha ou Mesquita de Omar

Em resumo, isso explica por que este é o pedaço de terra mais conflituoso do planeta. A entrada dos visitantes não muçulmanos à esplanada das Mesquitas se dá pelo mesmo local de acesso ao Muro. Tanto Israel quanto a Autoridade Palestiniana reivindica a soberania sobre o local.

Desde a Guerra 1967, quando Israel retomou a Cidade Velha de Jerusalém, o controle do Monte do Templo pertence ao Waqf Islâmico, ligado ao governo da Jordânia. Sendo assim, encrustado no centro da cidade murada, no local mais sagrado para os judeus ergue-se um complexo muçulmano. Do alto das mesquitas ecoa sobre a cidade cinco vezes por dia o chamado para a oração. Entoa-se o cântico tradicional afirmando que só Alá é Deus e Maomé o seu profeta.


Ruínas na Cidade Velha de Jerusalém.

Para o judeu comum é a imagem da abominação. Um desafio constante à sua crença de que o Deus de seus pais daria a vitória sobre seus inimigos. O fato é que espiritualmente Jerusalém está sitiada. Esta cidade que foi completamente destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, capturada e recapturada 44 vezes. Mas chegou ao século 21, com as muralhas de pé, embora sem a posse do seu maior tesouro religioso. Do ponto de vista humano, mexer com o Monte do Templo é provocar uma guerra religiosa em escala mundial. Já na perspectiva espiritual, é inegável que a batalha é constante. Somente quem entende e crê nas profecias consegue imaginar que a situação poderá mudar no futuro.

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