Cerca de mil pessoas, entre homens e mulheres de aproximadamente 35 anos idade participaram do estudo, que foi dividido em duas fases: na primeira, os voluntários deveriam classificar alimentos de diferentes sabores de acordo com a preferência de seu paladar, em uma escala de 1 a 6; já a segunda consistia em uma série de testes psicológicos orientados para detectar personalidades “sombrias”. Os participantes tinham que responder se estavam de acordo com afirmações como “se me provocarem o suficiente, sou capaz de bater em alguém” ou “gosto de atormentar as pessoas”. Ao relacionar as duas etapas do experimento, os especialistas observaram que quem havia mostrado preferência pelos sabores amargos apresentava traços de egoísmo, sadismo, vaidade e falta de empatia. E qual seria a origem dessa conexão?
Os pesquisadores sugerem uma hipótese interessante: na natureza, o gosto amargo costuma indicar a presença de veneno nas plantas, por isso, ele é desagradável para a maior parte das pessoas. No caso de indivíduos sádicos ou psicopatas, a rejeição do corpo a esses sabores e a sensação de perigo iminente poderão servir como fonte de prazer ou de diversão.
