As inscrições revelam novas informações sobre faraós do Egito. Um dos desenhos, por exemplo, fala sobre uma rainha chamada Neith-Hotep, que comandou o Egito há 5 mil anos, e serviu como orientadora de um jovem faraó chamado Djer.
Os arqueólogos especulam que as inscrições mais antigas de Wadi Ameyra têm pelo menos 5200 anos, enquanto a mais nova deve ter no máximo 4800 anos – época em que o Egito era reinado por um faraó conhecido por Nebre, citado nas inscrições.
Hierógrafos encontrados por arqueólogos no deserto do Sinai revelam verdades sobre uma rainha até então desconhecida, e sobre antiga capital do Egito, Memphis. / Créditos: Pierre Tallet
Um dos principais autores do estudo sobre as inscrições acredita que elas são uma espécie de marcação territorial dos egípcios da época. “As inscrições provavelmente foram utilizadas para proclamar que o Egito comandava a área”, disse Pierre Tallet, professor na Université Paris-Sorbonne, em entrevista ao portal estadunidense ‘LiveScience‘.
Uma das inscrições encontradas em Wadi Ameyra mostra que a capital do Egito antigo Memphis, também era conhecida como “As Paredes Brancas”. Os desenhos mostram também que a cidade é mais antiga do que se imaginava anteriormente.
Especialistas de Grécia e Roma antiga sempre disseram que Memphis foi construída por um rei mítico conhecido como Menes – quem os especialistas acreditam que seja o faraó conhecido por Narmer. As novas inscrições, no entanto, mostram que Memphis existia antes deNarmer nascer.
O Wadi Ameyra foi descoberto pela primeira vez em 2012, e as evidências foram publicadas recentemente no livro ‘La Zone Minière Pharaonique du Sud-Sinaï II” (Institut Françaisd’ArchéologieOrientale, 2015).
Visto em LiveScience