Afogadense precisa de cadeira de rodas adaptada


Afogadense precisa de cadeira de rodas adaptada


Em Afogados da Ingazeira (PE) uma mulher de 52 anos vive em estado vegetativo há cinco anos. Tudo ocorreu em 2010 quando sofreu um aneurisma cerebral. Tânia Maria Gomes, trabalhava como serviços gerais na Escola Normal Estadual. A mulher atuante, mãe de dois filhos e esposa do agricultor Edmílson Alexandre do Nascimento, 46, não sabe mais hoje o que é a vida.
Inerte, em cima de uma cama, é dependente em todos os sentidos. O único movimento que faz é com o braço direito. “Tudo sou eu que faço. O banho é no leito. Era uma mulher ativa em todos os sentidos. Hoje vive assim. Do jeito que deixar ela fica”, explica. A dedicação dele é comovente. O silêncio que habita a casa também é marca na vida. Nunca pediu ajuda do poder público. Com o que ganha da aposentadoria por invalidez, garantida pela Previdência Social, compra alimentos, fraldas e medicamentos. “Esse dinheiro é nosso porto e salvação. Não recebemos nenhuma outra ajuda”, agradece.
Edmílson é de uma dedicação em tempo integral. Por muito tempo foi agricultor. Quando passou a morar na cidade, trabalhou num abatedouro. Largou o emprego e, desde então os dias e as noites se contam em dedicação e atenção constante. A cadeira de rodas que tem não consegue sustentá-la. Só é usada para um banho, de vez em quando. “Se ela espirrar cai da cadeira porque não é adaptada e ela não se sustenta”, explica. “Hoje essa seria a nossa necessidade. Uma cadeira adaptada, mas sei o quanto é difícil”, lamenta.
Chama atenção e comove a dedicação que Edmílson tem com a esposa. Abriu mão da própria vida e dos sonhos. Mas não esbanja nenhum tipo de arrependimento. “Sou outro homem hoje. Aprendo a cada dia ser uma nova pessoa, um novo homem, um bom marido, bom pai. Quando a gente faz boas coisas na vida, deixamos nossa marca. Também não abro mão das palavras de Deus, que nos inspira. A bíblia ensina como amar o ser humano. Tem hora que estou cansado e peço a Deus que me dê saúde, para ir com essa luta até o fim. Vejo isso como um teste para a minha fé. Uma missão”, diz.
Se o remédio para a cura fosse o amor, Tânia já estaria fora daquela cama. “Tenho muito amor, mesmo sabendo que ela nem sabe mais quem eu sou. Não reclamo. É minha esposa. Deus tem um propósito para tudo na vida”, diz emocionado.
E assim pensa esse sertanejo. Leva a crença de que o que acontece na vida de cada um, e que independe de vontade e decisão, faz parte dos grandes mistérios divinos. “Temos que aceitar, entender e tirar uma lição de tudo”, completa. A lição tem sido a de amar cada vez mais ao próximo e dar exemplo aos filhos de como ser um bom pai e marido. “Dizem que a gente deixa um legado. O meu é esse”, finaliza.
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