Durante o anúncio do novo boletim, o Ministério da Saúde informou que mudará a medida usada para notificação de microcefalia. A partir de agora serão notificados como casos suspeitos de microcefalia meninas que nascerem com o perímetro cefálico menor que 31,5 centímetros e meninos com menos que 31,9 centímetros. As medidas novas são pouco menores do que os 32 centímetros usados até o momento.
A nova padronização vale para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação. No caso de bebês prematuros, os profissionais de saúde estão capacitados para avaliar o perímetro encefálico do feto de acordo com o esperado para a semana gestacional.
"Os serviços de saúde já estão habilitados e capacitados para os novos parâmetros. Isso vai evitar que crianças normais entrem nas estatísticas e que as mães fiquem preocupadas", afirmou o coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública, Wanderson Oliveira.
Oliveira salientou que os novos parâmetros não resultarão no descarte de casos já notificados. "Todas as crianças que foram notificadas serão acompanhadas. Caso nasça com perímetro cefálico normal e venha apresentar algum problema, será acompanhada pela pediatria", afirmou.
Sexo com camisinha para grávidas
Seguindo as diretrizes da OMS, o Ministério da Saúde passou a recomendar às grávidas que façam sexo com camisinha com os seus parceiros que estiveram em regiões endêmicas para o vírus da zika. O alerta acontece após Estados Unidos, França e Itália apontarem casos de suspeita de transmissão sexual do vírus.
"É evidente que gestantes precisam tomar mais cuidados, principalmente porque a maioria das pessoas não manifestam sintomas", disse Marcelo Castro, ministro da Saúde.
41 países desde 2015
A OMS recebeu notificações de presença do vírus da zika em 41 países desde 2015, quando o Brasil alertou para uma associação entre o vírus da zika e lesões neurológicas.
A maioria das áreas está nas Américas do Sul e Central, onde há 31 países e territórios em que o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.
Segundo balanço da OMS, oito países registraram aumento de casos da Síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia muscular.
Do UOL