Ex-ministro Paulo Bernardo, casado com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), é preso pela PF


Ex-ministro Paulo Bernardo, casado com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), é preso pela PF

 
O ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo foi preso na manhã desta quinta-feira (23) pela Polícia Federal em Brasília. Ele estava no apartamento funcional de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Paulo Bernardo foi preso no âmbito da Operação Custo Brasil, que é um desdobramento da fase Pixuleco 2 da Operação Lava Jato, de agosto de 2015. Além da PF, a ação é comandada pelo Ministério Público Federal e a Receita Federal.
Segundo as investigações, a operação apura o "pagamento de propina proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão".
Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento (2005-2011), no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ministro das Comunicações (2011-2015) na gestão da presidente Dilma Rousseff.
Ao todo, a PF cumpre 11 mandados de prisão preventiva (um deles contra o ex-ministro), 14 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar esclarecimento e depois é liberada) e 40 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

Os nomes das demais pessoas alvos dos mandados de prisão ainda não foram revelados. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.
Os mandados foram expedidos pala 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo. Neste momento, carros da PF estão em frente ao diretório nacional do PT, no centro da capital paulista.
De acordo a PF, há indícios de que o Ministério do Planejamento "direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado".
Para os investigadores, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no Planejamento por meio de outros contratos fictícios ou simulados.
Suspeitas contra Paulo Bernardo
No começo de maio deste ano, a Procuradoria-Geral da República denunciou Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann ao STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito da Operação Lava Jato. A acusação é que a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, recebeu R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras.
O nome do ex-ministro também apareceu na delação do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS), que afirmou à Procuradoria que Paulo Bernardo atuava como "operador" da mulher.
Questionado sobre o que queria dizer com a expressão "operador", Delcídio respondeu, em depoimento no âmbito de sua delação premiada, que "ele [Paulo Bernardo] tinha uma capacidade forte de alavancar recursos para a campanha [de Gleisi]".
UOL

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