"Não estou sabendo se é verdade, só vou saber quando o pedido for executado. Mas vejo essa medida como um atentado à democracia. Somos trabalhadores e podemos demonstrar ordeiramente para a sociedade o que estamos passando, reivindicar melhores salários e condições de trabalho. O artigo 5º nos garante esse direito. Falo como cabo e como presidente de uma entidade. Temos o poder de representatividade", adiantou o presidente da ACS.
Segundo a diretoria da associação, os cabos e soldados que estão se recusando a comparecer aos plantões extras (PJES) estariam sendo coagidos e tendo os nomes anotados pelos respectivos batalhões. Para dar apoio à categoria, sete equipes jurídicas da associação estão percorrendo os batalhões para verificar denúncias e orientar os PMs.
De acordo com a operação padrão, a categoria só trabalha se tiver à disposição equipamentos de segurança e apenas dentro dos limites da lei, o que não estaria acontecendo normalmente. Os agentes pedem reajuste salarial, Plano de Cargos e Carreiras e mudanças no pagamento e contratação da categoria.
O reajuste sugerido pela categoria varia de acordo com os cargos. No caso dos soldados, que hoje recebem R$ 2.319,89 a proposta é de R$ 4.497,84, valor aproximado ao piso da categoria em Sergipe. Os coronéis, que hoje recebem R$ 13.160,95, passariam a ter um salário de R$ 22. 498,82.
Outra mudança pautada é na forma do pagamento do salário. A categoria pede que isso aconteça em forma de subsídio, e não mais de soldo, incorporando as gratificações. Eles afirmam que, desta forma, fica garantido o recebimento de tais gratificações, que hoje podem ser cortadas sem maiores justificativas pelo estado. Outro ponto que os policiais e bombeiros pedem é o requisito do nível superior para ingresso na carreira de praças.