Após o Ministério Público de Pernambuco pedir a anulação da prova de avaliação psicológica aplicada no concurso público da Polícia Civil e Científica, a Secretaria de Defesa Social informou, nesta segunda-feira, que vai acatar a recomendação e fará novos exames para o preenchimento das 966 vagas disponíveis. O certame foi organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e, entre as denúncias apontadas pelo MPPE, foram identificados até mesmo cartões de respostas já preenchidos durante a realização do psicotécnico.
Todos os candidatos que foram aprovados na prova de conhecimento e no teste de aptidão física participaram do exame psicológico no dia 23 de outubro de 2016 e terão que refazer a etapa. A nova prova ainda não tem data marcada, mas será organizada pelo mesmo instituto responsável pela edição anterior do teste. Ao todo, deverão refazer o exame 2.556 candidatos, sendo 1.809 para a Polícia Civil e 747 para a Polícia Científica. Segundo a Secretaria de Defesa Social, o cronograma dos novos exames será marcado a partir da próxima quinta-feira. Na data, haverá uma reunião dos integrantes da Comissão do Concurso composta por servidores da Secretaria de Administração, da Secretaria de Defesa Social, com o apoio da Procuradoria Geral do Estado e do Cebraspe.
A recomendação partiu da 25ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital e foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco no último dia 3 sob responsabilidade da promotora Andréa Fernandes Nunes Padilha. Ainda segundo a SDS, a reunião da próxima quinta vai definir um cronograma para garantir agilidade, lisura, transparência e publicidade ao processo seletivo.
O concurso deverá suprir vagas e formar cadastro de reserva nos cargos de agente, delegado e escrivão de polícia do Grupo Ocupacional Policial Civil, além do provimento de vagas e cadastro de reserva nos cargos de auxiliar de legista, auxiliar de perito, perito papiloscopista, médico legista e perito criminal do Grupo Ocupacional Policial Científica da SDS.
DENÚNCIAS
A recomendação apresentada pelo Ministério Público foi embasada nas denúncias feitas por candidatos sobre as irregularidades durante a realização da prova. Há informações a respeito de cadernos de exames já preenchidos com as respostas das questões na sala de avaliações, o que motivou a instauração de um inquérito civil. Nas considerações da recomendação, foi informado que o Cebraspe se manifestou em ofício sobre o ocorrido e admitiu que verificou que, das 76 salas onde foram aplicados os testes da avaliação psicológica, houve o registro da ocorrência de cadernos riscados, marcados ou rasurados em seis salas. Ainda houve o registro de mais de cinco cadernos de provas riscados, marcados ou rasurados em cada uma dessas seis salas.
"Só o fato deste contingente de candidatos ter tido acesso às anotações no caderno de questões já afeta a isonomia entre os concorrentes, uma vez que é impossível determinar quantas e quais pessoas foram beneficiadas no decorrer da prova com o acesso a tais informações", justificou Andréa Nunes. "Ainda há de se considerar que tal número de incidentes diz respeito apenas às salas onde tal fato foi registrado em ata, havendo relato nesses autos de que o fato se repetiu em diversas outras salas, onde não chegou a ser registrado em ata, atingindo um número indiscriminado de candidatos", avaliou a promotora.
Todos os candidatos que foram aprovados na prova de conhecimento e no teste de aptidão física participaram do exame psicológico no dia 23 de outubro de 2016 e terão que refazer a etapa. A nova prova ainda não tem data marcada, mas será organizada pelo mesmo instituto responsável pela edição anterior do teste. Ao todo, deverão refazer o exame 2.556 candidatos, sendo 1.809 para a Polícia Civil e 747 para a Polícia Científica. Segundo a Secretaria de Defesa Social, o cronograma dos novos exames será marcado a partir da próxima quinta-feira. Na data, haverá uma reunião dos integrantes da Comissão do Concurso composta por servidores da Secretaria de Administração, da Secretaria de Defesa Social, com o apoio da Procuradoria Geral do Estado e do Cebraspe.
A recomendação partiu da 25ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital e foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco no último dia 3 sob responsabilidade da promotora Andréa Fernandes Nunes Padilha. Ainda segundo a SDS, a reunião da próxima quinta vai definir um cronograma para garantir agilidade, lisura, transparência e publicidade ao processo seletivo.
O concurso deverá suprir vagas e formar cadastro de reserva nos cargos de agente, delegado e escrivão de polícia do Grupo Ocupacional Policial Civil, além do provimento de vagas e cadastro de reserva nos cargos de auxiliar de legista, auxiliar de perito, perito papiloscopista, médico legista e perito criminal do Grupo Ocupacional Policial Científica da SDS.
DENÚNCIAS
A recomendação apresentada pelo Ministério Público foi embasada nas denúncias feitas por candidatos sobre as irregularidades durante a realização da prova. Há informações a respeito de cadernos de exames já preenchidos com as respostas das questões na sala de avaliações, o que motivou a instauração de um inquérito civil. Nas considerações da recomendação, foi informado que o Cebraspe se manifestou em ofício sobre o ocorrido e admitiu que verificou que, das 76 salas onde foram aplicados os testes da avaliação psicológica, houve o registro da ocorrência de cadernos riscados, marcados ou rasurados em seis salas. Ainda houve o registro de mais de cinco cadernos de provas riscados, marcados ou rasurados em cada uma dessas seis salas.
"Só o fato deste contingente de candidatos ter tido acesso às anotações no caderno de questões já afeta a isonomia entre os concorrentes, uma vez que é impossível determinar quantas e quais pessoas foram beneficiadas no decorrer da prova com o acesso a tais informações", justificou Andréa Nunes. "Ainda há de se considerar que tal número de incidentes diz respeito apenas às salas onde tal fato foi registrado em ata, havendo relato nesses autos de que o fato se repetiu em diversas outras salas, onde não chegou a ser registrado em ata, atingindo um número indiscriminado de candidatos", avaliou a promotora.