A obra que já dura dez anos, está atrasada após a empreiteira apresentar dificuldades para a conclusão do projeto. Agora, o Ministério da Integração Nacional ainda aguarda um novo processo licitatório para aprovar uma outra construtora que dará continuidade à obra.
O projeto de Integração do Rio São Francisco começou em 2007, pelo Exército Brasileiro. Em 2008, começaram as frentes de serviço das empresas privadas que ganharam as licitações dos lotes do empreendimento.
O custo orçado inicialmente em R$ 4,5 bilhões, subiu para R$ 8,2 bilhões e agora está em R$ 9,6 bilhões. De acordo com o ministério, o novo valor é resultado de atualizações previstas em contratos.
Na última sexta-feira (10), o presidente Michel Temer esteve em Sertânia, também no Sertão de Pernambuco, para inaugurar um trecho do Eixo Leste da transposição. Temer abriu a comporta do reservatório de Campos. A água encherá o reservatório e vai precorrer canais e outras estruturas até chegar a Monteiro, na Paraíba.
O projeto do Eixo Norte possuiu três estações distribuidoras, com 260 quilômetros de extensão, que deveriam estar em pleno funcionamento até dezembro de 2015. A captação de água ocorreria em Cabrobó (PE), seguindo por Terra Nova (PE), Salgueiro (PE), Verdejante (PE), Penaforte (CE), Jati (CE), Brejo Santo (CE), Mauriti (CE), Barro (CE), Monte Horebes (PB), São José de Piranhas (PB), e Cajazeiras (PB).
A primeira Estação de Bombeamento (EBI-1), do Eixo Norte foi acionada em agosto de 2015. A água percorreu cerca de 45,9 quilômetros até chegar aos reservatórios de ‘Tucutú’ e ‘Terra Nova’. Segundo o Ministério da Integração, o sistema operaria 16 horas por dia, durante cinco dias na semana, para que entre os meses de novembro e dezembro de 2015, a água dos reservatórios pudesse abastecer as comunidades.
Na ocasião, Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinaram um termo de compromisso para garantir água para a população que mora próximo ao canal. O convênio abrangeria 172 comunidades, beneficiando 40 mil pessoas. Quase dois anos depois, nenhuma família foi beneficiada.
Nas cidades de Salgueiro e Terra Nova, parte da obra não foi concluída, a estrutura física dos canais não foi finalizada, apresenta sinais de desgate e a água continua represada nos reservatórios. Na BR-116, a estrutura que deveria ser construída uma ponte que passaria sobre o canal, está enferrujada. (G1)