Estrago das chuvas seria menor com barragens construídas


Estrago das chuvas seria menor com barragens construídas

JC
Sete anos se passaram desde a tragédia que assolou a Zona da Mata Sul de Pernambuco e a rigor nenhuma das cinco barragens prometidas para evitar novas enchentes foi oficialmente entregue. Com inauguração prevista para o próximo mês, mas praticamente pronta, Serro Azul, localizada em Palmares, foi à única que teve efeito para conter as águas. Enquanto isso, as barragens de Panelas, em Cupira; Gatos, em Lagoa dos Gatos; Guabiraba, em Barra de Guabiraba; e Igarapeba, em São Benedito do Sul, estão com as construções paradas, faltando mais de 50% para a conclusão das obras.
Segundo o secretário-executivo de Recursos Hídricos de Pernambuco, coronel Mário Cavalcanti, a cerimônia de inauguração de Serro Azul seria nos próximos 15 dias. “Estávamos realizando alguns testes e faltavam apenas os acabamentos, como pintura”, explica. “É preciso considerar que o Rio Una tem uma nascente muito elevada, de quase mil metros, então a água desce com muita violência. Sem Serro Azul, a situação teria sido pior”, reforça o coronel. A estrutura tem capacidade para represar 303 milhões de metros cúbicos, dos quais 48 milhões foram ocupados com as chuvas do fim de semana.
Para essa obra, o governo estadual desembolsou cerca de R$ 200 milhões. Outros R$ 300 milhões foram repasses da União. E é justamente a liberação de recursos federais a justificativa para a paralisação das outras quatro obras (confira arte abaixo). “Fizemos esse pleito (liberação de recursos para barragens) ao ministro Helder Barbalho (Integração Nacional) e vamos reforçá-lo na visita do presidente Temer a Pernambuco”, disse o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni.

A previsão inicial de entrega para as cinco barragens ficava entre os anos de 2013 e 2014. Além da interrupção dos repasses da União (que ficaram ainda mais escassos com a crise econômica iniciada em 2014), uma série de falhas técnicas na elaboração dos projetos retardou o andamento das obras. É o caso da barragem de Gatos, que teve sua realização interrompida já em 2011. “A construção de uma barragem não é igual a de uma estrada, por exemplo. O projeto tem que ser muito detalhado e correto”, explica o secretário de Recursos Hídricos.
Até às 22h de ontem, o balanço oficial era de que 30 mil pessoas haviam ficado sem moradia (de forma permanente ou temporária), número que pode variar de acordo com a chegadas das equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil nas áreas mais afetadas.
Em 2010, 80 mil pessoas ficaram desabrigadas. Na época, a promessa dos governos estadual e federal (através do Ministério das Cidades) era de que 16.853 moradias seriam construídas para a população afetada, distribuída em conjuntos habitacionais. A Secretaria Estadual de Habitação afirmou que hoje irá informar quantas dessas unidades foram entregues.








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