Sobe para 44,8 mil o número de desabrigados e desalojados por causa de enchentes em Pernambuco


Sobe para 44,8 mil o número de desabrigados e desalojados por causa de enchentes em Pernambuco

A Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informou, no início da noite desta segunda-feira (29), que subiu o número de pessoas afetadas pelas enchentes que atingiram 23 cidades no interior. São 44.801 moradores: 42.145 desalojados, que deixaram as residências, e 2.656 desabrigados, que perderam as casas. Até esta segunda de manhã, o número de pessoas afetadas pelas enchentes era de cerca de 30 mil.
No Nordeste, outras cidades foram castigadas pelas chuvas. Ao todo, foram sete mortos em acidentes com barreiras, sendo cinco em Alagoas e dois em Pernambuco, e mais de 48 mil pessoas sem habitação nos dois estados. Pernambuco e Alagoas tiveram 41 municípios afetados.
Em Alagoas, 3.204 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em 18 municípios, segundo a Defesa Civil. Quatro pessoas desapareceram após soterramento e um corpo foi achado nesta segunda. Na Paraíba, as precipitações causaram transtornos. De acordo com a meteorologia, 64 cidades paraibanas encontram-se em zona de risco de alagamentos e deslizamentos de barreiras, segundo o Inmet.
Pernambuco
De acordo com o governo de Pernambuco, 15 cidades estão incluídas no decreto de calamidade pública, publicado no domingo (28). A população dessas áreas chega a 787.245 mil habitantes. Os municípios são: Rio Formoso, Ribeirão, Água Preta, Palmares, Catende, Maraial, Belém de Maria, Barreiros, Amaraji, Barra de Guabiraba, São Benedito do Sul, Cortês, Jaqueira, Gameleira e Caruaru. Segundo a Codecipe, a situação mais grave é de Rio Formoso e Belém de Maria.
As chuvas também ocasionaram duas mortes em Lagoa dos Gatos, e duas pessoas estão desaparecidas em Caruaru. Na cidade, no Agreste, uma criança morreu ao cair em um açude. De acordo com o governador, há 16 sistemas de abastamento de água paralisados, atingindo 2,2 milhões de pernambucanos.
No domingo, em reunião com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, o presidente da República, Michel Temer, autorizou o envio de ajuda humanitária para atender as cidades pernambucanas em estado de calamidade devido às fortes chuvas que caíram nos últimos dias, na Zona da Mata Sul e no Agreste do estado. E se comprometeu com a liberação de uma linha de crédito de R$ 600 milhões, junto ao BNDES, para obras no estado.
Solidariedade
Para ajudar as famílias que perderam praticamente tudo nas enchentes, diversas instituições e entidades realizam arrecadação de alimentos não perecíveis e objetos de higiene pessoal. Há pontos de coleta no Recife, em Olinda e nos 15 câmpus do do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).
Entenda as fortes chuvas
No Nordeste, as chuvas ocorrem por causa de um fluxo de vento que vem do oceano carregado de ar úmido, formando nuvens carregadas na costa e na Zona da Mata. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, trata-se de um sistema chamado onda de leste, comum nesta região no outono e inverno.
Água acumulada
As chuvas que caem no Grande Recife desde a quinta-feira (25), são responsáveis pelo acúmulo de água nas barragens que garantem o abastecimento na capital pernambucana e na Região Metropolitana. Dos quatro reservatórios, Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, foi o que mais registrou aumento. Em cinco dias, o nível subiu 27,87%.
De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), na quinta-feira (25) o nível do reservatório estava em 46,06%. No domingo (29), Pirapama registrava 73,93% da capacidade.
Saúde
Diante das enchentes provocadas pelas fortes chuvas que caíram no estado nas últimas horas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) alerta a população pernambucana para o consumo de água. A preocupação das autoridades é com a possível contaminação e a possibilidade de transmissão das hepatites A e E, febre tifoide e cólera, além de diarreias agudas. Por isso, o governo orienta os moradores das áreas atingidas sobre cuidados que devem ser tomados.
Obras
Nesta segunda, o presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac-PE), Marcelo Asfora, afirmou que a conclusão de quatro das cinco barragens projetadas há sete anos pelo governo de Pernambuco para evitar enchentes na Zona da Mata é essencial para o funcionamento do sistema de contenção de rios na região. Segundo ele, caso as unidades tivessem sido finalizadas, seria possível reduzir a força da cheia. (G1)

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