A proposta foi inserida em uma PEC que já tramitava na Câmara, sobre a ampliação da licença-maternidade em caso de bebês prematuros de 120 para 240 dias. O relator da proposta, Jorge Tadeu Mudalem (DEM-SP), sob pressão dos deputados evangélicos, alterou o texto para incluir também mudanças relacionadas à interrupção da gravidez.
O texto aprovado até agora não deixa claro se as hipóteses de aborto hoje permitidas - para casos de estupro, risco à gestante ou anencefalia do feto - passariam a ser proibidas ou punidas. A Constituição seria alterada para que "o princípio da dignidade da pessoa humana e a garantia de inviolabilidade do direito à vida passem a ser respeitados desde a concepção" e não, como é hoje, após o nascimento.