Preservado pelas extremas condições do deserto, o esqueleto mumificado chamou atenção de pessoas por todas as partes do mundo. O imaginário popular foi à loucura, acreditando que era realmente um invasor alienígena que acabou não resistindo ao nosso planeta. Não demorou muito para que ufólogos se pronunciassem, alegando que se tratava mesmo de um ET, produzindo até mesmo um documentário a respeito.
Não acreditando em tal possibilidade, Garry Nolan decidiu agir. Imunologista e microbiólogo da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, fez profundas análises no esqueleto. Para que o estudo fosse possível, extraíram o DNA da medula óssea de sua estrutura. O processo apenas foi possível graças ao bom estado de preservação de Ata, nome dado à pequena múmia. Assim conseguiram sequenciar seu genoma e descobrir o que realmente era.
Os resultados dos estudos foram determinantes e finalmente, toda a verdade veio à tona. Ao contrário do que muita gente acreditava e por mais estranho que pareça, o esqueleto é humano. O mais impressionante ainda é que não se trata de uma nova espécie ou de um fóssil primitivo. Embora tenha sido encontrado há 15 anos atrás, o espécime tem apenas 40 anos... Fazendo com que ele seja muito mais recente do que o esperado.
Segundo Nolan, Ata era um feto que não conseguiu sobreviver até o momento do nascimento. Mas aí surge outra questão: como um simples feto poderia ter um esqueleto praticamente formado? O cientista explica que ele pode ter sofrido de nanismo, embora não tenha como provar.
Segundo novas análises, Ata era apenas uma garotinha com descendência chilena, e por mais que tivesse sua composição óssea parecida com a de uma criança de 6 anos, ela era apenas um feto em desenvolvimento no momento da morte. Mas a equipe foi capaz de descobrir informações que vão muito além disso.
A demora para que tais análises fossem feitas, se deve ao custo desse tipo de procedimento. Foi apenas recentemente que os valores caíram, permitindo que o genoma de Ata pudesse finalmente ser sequenciado. Como conclusão, os cientistas responsáveis avaliam que puderam tirar um enorme aprendizado do caso... Nunca desistir!
Quando se deparam com um paciente que aparenta não ter remédio, precisam sempre fazer e refazer análises. Perceberam que ainda há muito sobre a saúde humana que não conhecemos e precisamos estudar para que novas "Atas", possam ser tratadas quando aparecerem.
Via: www.fatosdesconhecidos.com.br