'Meu coração era pra ter explodido', diz vítima de choque 270 vezes maior que voltagem da tomada


'Meu coração era pra ter explodido', diz vítima de choque 270 vezes maior que voltagem da tomada

O convívio com os filhos e o retorno para casa era tudo o que queria o serralheiro Geison Mayk Ferreira da Silva, de 27 anos. A vítima permaneceu 41 dias internado na ala de queimados da Santa Casa, ao levar uma descarga elétrica de 34,5 mil volts, algo equivalente a 270 vezes maior do que a voltagem da tomada.
"Não quero jamais ter de passar por tudo isso de novo. O sentimento de retornar pra casa é de liberdade. Os médicos e enfermeiros me disseram várias vezes que eu tinha de agradecer a Deus, pois não era mais para eu estar vivo. No mínimo, com a quantidade de energia que eu recebi, era pra ter explodido o coração e queimado o resto dos meus órgãos, por dentro", comentou ao G1 o serralheiro.
O tratamento agora inclui visitas quinzenais no hospital por conta dos curativos. "Vou me cuidar, mas, queria voltar a trabalhar logo. Também pretendo correr atrás dos meus direitos. O que me impede é que, neste momento, ainda estou sofrendo com muitas dores", alegou Geison.
Entenda o caso
Ainda de acordo com o serralheiro, o trabalho era um “bico” porque ele não tinha recebido do primeiro patrão. “Eu trabalhava em uma empresa no Jardim Itamaracá. O responsável lá atrasou os salários e, de um dia para o outro, pegou todo o maquinário e foi embora. Até hoje não tenho notícia do paradeiro dele e fiquei sem receber R$ 2,5 mil. Por conta disso, tive que procurar outras coisas, fazendo serviços de jardinagem e serralheria”, explicou Geison.Houve então uma oportunidade temporário de trabalho e a vítima se deslocou para uma chácara, perto da BR-163, a 50 km de Campo Grande. “Nós estávamos fazendo um barracão neste local. Era o terceiro dia de trabalho, todo mundo já tinha saído e eu estava colocando a última telha. Todos nós trabalhávamos abaixados, com a eletricidade improvisada deste fio de alta-tensão. Fizemos o esqueleto e depois já estava na fase final. Eu fui pegar o parafuso no meu bolso e, um pouco que levantei, tive esse fio encostado na minha cabeça”, disse na ocasião.O choque foi tamanho que Mayk diz ficar desmaiado em quase todo o trajeto para o hospital. “Eu acordei quando o Corpo de Bombeiros estava na Costa e Silva. Nós cortamos os fios, aquilo foi uma gambiarra. Agora eu só quero melhorar, sair daqui. Tenho 4 filhos, esposa, aluguel, mas, nunca precisei de ninguém. Neste momento, infelizmente, dependo de ajuda”, comentou Ferreira.
Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, Mayk teve a amputação de 3 dedos, além de queimaduras que atingiram os ombros, cabeça, dorso, tórax e membros inferiores, todos do lado esquerdo.
Alta tensão
A concessionária da distribuição de energia elétrica no estado – Energisa – comparou o nível da voltagem (tensão) à tomada residencial comum, que possui a tensão de 127 volts ou 220 volts, conforme a ligação que tiver no imóvel. De acordo com a assessoria, o choque que o serralheiro levou, de 34,5 mil volts, se equipara a mais de 270 vezes o valor da tensão das tomadas residenciais.
A concessionária informa que, quanto maior a tensão, maior é o risco de choque elétrico, e reforça para que a população não se aproxime dos fios e cabos condutores de energia, considerando sempre que podem estar energizados. Nestes casos, a orientação é entrar em contato, imediatamente, com a empresa por meio do telefone 0800 722 7272.
Via: g1.globo.com
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