Milhares de cristãos são mortos em Mianmar e a mídia se cala


Milhares de cristãos são mortos em Mianmar e a mídia se cala

A ONU, inclusive, recusou-se a reconhecer que havia um genocídio contra cristãos, embora fosse o grupo mais atingido.
Foto: Reprodução Sky News
O mundo todo vem falando nos últimos meses sobre a perseguição generalizada contra os muçulmanos da etnia Rohingya pelos militares de Mianmar. Classificado como “genocídio” e “limpeza étnica” pela ONU, foi igualmente condenada pelo papa Francisco, que visitou o país em 2017.
Contudo, a etnia Kachin, majoritariamente cristã está enfrentando um “genocídio silencioso”, com registros de milhares de mortes nos últimos meses, enquanto a mídia ignora o assunto. Uma situação muito similar a da guerra na Síria e Iraque, onde o Estado Islâmico massacrava todas as minorias religiosas, mas apenas o que acontecia com os yazidis recebia atenção.
Na época, a ONU, inclusive, recusou-se a reconhecer que havia um genocídio contra cristãos, embora fosse o grupo mais atingido.
Agora, a rede europeia de TV Sky News rompe o silêncio sobre a situação dos cristãos em Mianmar. Na noite desta terça, 5 de junho, uma reportagem investigativa revelou que, nas regiões mais isoladas de Mianmar, a minoria Kachin está sendo dizimada.
A equipe de investigação conseguiu viajar e documentar a situação, mostrando testemunhos dos moradores locais, que falaram sobre como a “segunda campanha genocida” está em andamento. A emissora diz que o governo tenta dificultar o acesso dos jornalistas e agências de ajuda à região.
O povo Kachin, que tem lutado pelo seu direito de autodeterminação já formou grupos paramilitares para se defender, o chamado Exército Independente Kachin, que combate os ataques das forças militares ligadas ao governo, guiados pelos nacionalistas budistas.
Os moradores da região relatam que os ataques aumentaram significativamente desde janeiro. Aldeias são invadidas, casas incendiadas e eles não poupam nem as crianças do massacre. “Estou convencido de que o governo está tentando limpar etnicamente o povo Kachin”, disse Lashi Ókawn Ja, mãe de quatro filhos. “Sempre que eles identificam alguém do nosso povo, tentam nos matar. Estupram as mulheres, mesmo as que estão grávidas”.
O general Sumlut Gunmaw, vice-presidente do Conselho de Independência de Kachin, ressalta que o governo está submetendo seu povo a uma grande perseguição. “Talvez suas ações contra nós não sejam tão intensas quanto a violência contra os rohingya, mas suas intenções são as mesmas. Eles querem nos eliminar”, lamentou.
A missão Portas Abertas, que coloca Mianmar em 24ª no ranking dos países onde os cristãos sofrem a pior perseguição em todo o mundo, já alertou para a grande violência contra os Kachin.
Atualmente, centenas de milhares deles são forçados a viver em campos de refugiados internos, sem acesso contínuo à comida e saúde.
Segundo a Portas Abertas, os movimentos budistas radicais, como o Ma Ba Tha, frequentemente visam seguidores de Cristo como seus inimigos, por representarem uma religião “estrangeira”.
O ativista dos direitos humanos San Htoi, advertiu que uma “guerra invisível” está ocorrendo e acusou a mídia internacional de se concentrar apenas na crise Rohingya, ignorando a situação dos Kachin. Com informações de Christian Post
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