A conclusão da Ferrovia Transnordestina poderia contribuir para a geração de postos de trabalho e novos negócios no Porto de Suape. “Num momento como esse, o desemprego gerado pelos estaleiros seria atenuado, porque existiriam outras opções de negócios e empregos. A nossa estimativa é de que haveria um crescimento de 15% sobre o número de contêineres movimentados atualmente em Suape só nos dois primeiros anos após a linha férrea entrar em operação”, afirma o professor de Logística e Administração da UniFBV Wyden Paulo Alencar. Isso significaria um acréscimo de 70 mil contêineres (de 20 pés) na movimentação do porto pernambucano.
Em 2017, esse tipo de carga movimentou cerca de 464,4 mil TEUs, medida que indica um contêiner de 20 pés. “Atualmente, uma parte da carga de contêiner não escoa por Pernambuco por que não há ferrovia”, conta Paulo, acrescentando que a Ferrovia Transnordestina é vital para Pernambuco e principalmente para Suape escoar produtos para o Brasil e o exterior. Ele cita como exemplo as frutas do Vale do São Francisco. Lá é comum grandes empresas não enviarem um contêiner ao exterior pelo Porto de Suape, dividindo o escoamento da produção entre os Portos de Pecém, próximo à Fortaleza, e o de Salvador, na Bahia.
Em 2017, esse tipo de carga movimentou cerca de 464,4 mil TEUs, medida que indica um contêiner de 20 pés. “Atualmente, uma parte da carga de contêiner não escoa por Pernambuco por que não há ferrovia”, conta Paulo, acrescentando que a Ferrovia Transnordestina é vital para Pernambuco e principalmente para Suape escoar produtos para o Brasil e o exterior. Ele cita como exemplo as frutas do Vale do São Francisco. Lá é comum grandes empresas não enviarem um contêiner ao exterior pelo Porto de Suape, dividindo o escoamento da produção entre os Portos de Pecém, próximo à Fortaleza, e o de Salvador, na Bahia.
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Todos os grandes portos do mundo recebem cargas de ferrovias, que podem
transportar grandes volumes de uma única vez. A Transnordestina está em
obras desde 2006 e consiste na construção de uma linha férrea de 1.753
quilômetros que começa na cidade de Eliseu Martins, no Sul do Piauí, e
segue até os portos de Pecém e de Suape. Inicialmente, o empreendimento
deveria ter sido concluído em 2010. Agora, a previsão é que o trecho da
Transnordestina que chega até Suape só fique pronto em 2027 num
relatório apresentado pela Transnordestina Logística S.A. (TLSA) –
empresa responsável pela obra – na Câmara dos Deputados em novembro
último. O evento não contou com a participação de qualquer parlamentar
pernambucano. Ainda de acordo com esse documento, a parte da ferrovia
que vai até Pecém ficará pronta em 2021.
“A Transnordestina corta a espinha dorsal da logística de Pernambuco. A ferrovia é um meio de transporte com um custo mais baixo. Isso vai trazer um grande impacto principalmente ao Porto de Suape, onde poderiam ser processados grãos, minérios, sendo escoados posteriormente para os Estados vizinhos e exterior”, conta o consultor de empresas e professor de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Écio Costa. Ele também comenta que é “prejudicial” para a economia e o consumidor concentrar toda a distribuição de produtos de uma região inteira, como é o caso do Nordeste, nas rodovias, lembrando o caos que foi a greve dos caminhoneiros que ocorreu em maio último.
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“A Transnordestina corta a espinha dorsal da logística de Pernambuco. A ferrovia é um meio de transporte com um custo mais baixo. Isso vai trazer um grande impacto principalmente ao Porto de Suape, onde poderiam ser processados grãos, minérios, sendo escoados posteriormente para os Estados vizinhos e exterior”, conta o consultor de empresas e professor de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Écio Costa. Ele também comenta que é “prejudicial” para a economia e o consumidor concentrar toda a distribuição de produtos de uma região inteira, como é o caso do Nordeste, nas rodovias, lembrando o caos que foi a greve dos caminhoneiros que ocorreu em maio último.
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