Igreja Católica do Nordeste quer se opor à construção de usina nuclear nas margens do São Francisco


Igreja Católica do Nordeste quer se opor à construção de usina nuclear nas margens do São Francisco

No passado recente, enquanto Lula não chegou a Presidência, parte da igreja católica fez oposição cerrada contra a transposição das águas do São Francisco. FHC não poderia tentar beneficiar a região com mais recursos hídricos. Um bispo local fez até greve de fome contra a obra, negando a chance de que outros nordestinos que não fossem os baianos a terem acesso a mais água.
A história tem tudo para se repetir. Agora, bastante pior, considerando que a matriz nuclear poderia liberar toda a água do rio para uso múltiplo, não apenas a transposição.
Pois bem.
Entre os dias 5 e 6 de novembro, os bispos católicos de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte – Estados sob a responsabilidade da CNBB/NE2 (Conferência Nacional dos Bispos, Região Nordeste 2) – comparecerão à cidade de Floresta (PE), Sertão de Itaparica, para participar do evento “O Rio São Francisco e suas energias: impactos e desafios”, promovido pela Diocese de Floresta, em conjunto com a Comissão Regional Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB.
O evento debaterá a possibilidade de instalação de uma usina nuclear no município de Itacuruba.
De acordo com a igreja, os bispos querem conhecer os argumentos, contrários e os favoráveis, à instalação da uma usina nuclear na região.
“A Diocese de Floresta adverte que, além dos especialistas, também serão ouvidas as comunidades da região que vivem da pesca e da agricultura e todos que podem ser impactados por um empreendimento desta magnitude”, afirmam.
A criação da fonte atômica de energia foi sinalizada no Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Além de Itacuruba, outras oito localidades no Nordeste e Sudeste do país estão sendo estudadas para abrigar usinas.
De acordo com informações da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia e divulgadas pela imprensa, a Eletronuclear já concluiu estudos que indicam Itacuruba como a área ideal para a construção do empreendimento com seis reatores e que custaria R$ 30 bilhões.
A igreja ressalta que, apesar da intenção do Governo Federal, a legislação estadual proíbe a instalação de uma usina atômica em Pernambuco. De acordo com o Artigo 216 da Constituição Estadual, está proibida a instalação de usinas nucleares no Estado enquanto não se esgotarem toda a capacidade de produzir energia hidrelétrica e de outras fontes.
“Na Carta Encíclica Laudato Si’, de 2015, o Papa Francisco aconselha a Igreja a discutir com a sociedade os temas de interesse de nossa “Casa Comum”, como diz o texto. “Quando surgem eventuais riscos para o meio ambiente que afetam o bem comum presente e futuro, esta situação exige que as decisões sejam baseadas num confronto entre riscos e benefícios previsíveis para cada opção alternativa possível”.
O Encontro “O Rio São Francisco e suas energias: impactos e desafios” ocorrerá no Centro de Formação da Diocese de Floresta, na Avenida Manoel Alves de Carvalho, S/N, entre os dias 5 e 6 de novembro de 2019 e será, também, aberto ao público. (Via: Blog do Jamildo)

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