Análise do (M)Dados mostra, no entanto, que o número de selecionadas caiu pela metade (47%) no período. Das 1.840 de inscritas no processo seletivo do ano passado, 228 foram convocadas. Há 10 anos, a força chamou 487 das 556 candidatas.
O movimento de interesse ao longo dos anos coincide com a curva de taxa de desocupação no mercado de trabalho, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quanto maior o desemprego no país, mais jovens do sexo feminino se alistaram. O mesmo não pode ser observado com os homens, pois eles são obrigados a se apresentar às Forças Armadas.
As mulheres podem prestar serviço militar de forma voluntária. De acordo com o portal do Exército, elas ocupam cargos em organizações militares de todo o país e no exterior. “A maioria encontra-se nos quartéis-generais, organizações militares de saúde, estabelecimentos de ensino e órgãos de assessoria”.
Igualdade
Segundo as informações da instituição, desempenham cargos e concorrem às promoções em condições de igualdade aos oficiais do sexo masculino. “Todas recebem a mesma instrução militar básica ministrada aos homens.” No entanto, o maior posto ocupado por uma mulher é o de tenente-coronel. “A grande maioria continua ocupando, como praça, a graduação de sargento e, como oficial, os postos de tenente, capitão e major”.
Dentre as alistadas nos últimos dois anos, 68% concluíram ou estão cursando o ensino médio e apenas 5% ingressaram no Ensino Superior. Isso porque a média de idade delas é de 19,5 anos. No entanto, em 2019, cresceu muito a variação de idade, tendo candidatas de até 44 anos em busca de uma vaga no Exército.
A maior parte delas são dos estados de São Paulo (455) e Minas Gerais (427), mas proporcionalmente o Sergipe tem a maior taxa: 3,22 inscritas a cada 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Tocantins (2,61), Espírito Santo (2,31) e Distrito Federal (2,26).