“A gente perguntou se o responsável pelo tiro era o companheiro e ela
fez gesto positivo. Também questionamos se o tiro teria sido disparado
de forma acidental e ela negou, também com gestos”, disse a delegada.
A
captura ocorreu logo após o crime, quando Evaldo voltou para a
residência do casal para levar os filhos de Elaine, que ela teve em um
relacionamento anterior.
A polícia informou que também prendeu Davi Israel Pereira da Silva, um vizinho de Evaldo que guardou a arma usada no crime.
“Prendemos
Evaldo e Davi em um carro preto, quando eles se preparavam para a fuga.
No veículo, também estavam duas crianças [filhos de Elaine]”, informou o
major Fábio Batista, do 2º Batalhão da PM, que participou da prisão.
Evaldo
e Davi serão levados para uma audiência de custódia. o G1 entrou em
contato com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para saber se
eles já tinham sido levados para a audiência e aguarda a resposta.
VersõesA
polícia informou que depois de atirar na cabeça da mulher, Evaldo
apresentou uma série de versões para o fato. Essas informações foram
repassadas para os vizinhos, para os atendentes no hospital e até a para
a polícia.
Primeiro, o segurança disse aos vizinhos que Elaine havia
levado uma queda. Em seguida, desmentiu a primeira versão, e falou em
tiro acidental.
“No hospital, ele voltou a falar que ela tinha caído.
Quando foi informado a ele que havia marca de disparo de arma de fogo,
Evaldo disse que era uma tentativa de suicídio. Ele também falou que
havia ocorrido uma briga corporal e que não sabia quem tinha atirado”,
observou Bárbara Fort.
Para a delegada, Evaldo é um homem frio e que
não demonstra remorsos pelo crime. “Quando conversamos, ele disse que
ela tinha ciúmes e que ele pegou a arma para ameaçá-la e amedrontá-la”,
afirmou.
A polícia informou ter ideia de como ocorreu o disparo.
“Sabemos que o tiro foi dado de cima para baixo. Como os dois têm uma
altura compatível, acreditamos que ela foi baleada quando estava de
joelhos ou sentada”, explicou a delegada.
A Bárbara Fort afirmou que
os vizinhos relataram que o casal tinha um relacionamento conturbado.
“Eles relataram gritos na casa”, comentou. No entanto, não havia,
segundo a polícia, registro de queixas de violência física na delegacia
da cidade.
“Existe uma denúncia de agressão feita quando Elaine tinha
outro relacionamento, mas com Evaldo não há notificação”, acrescentou.
FeminicídiosDe
acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), entre janeiro e
dezembro de 2018, Pernambuco registrou 75 feminicídios. Os casos são
contabilizados quando a mulher é vítima por causa da condição de gênero.
No ano passado, houve uma ocorrência a mais do que no mesmo período de
2017.
Por: G1 PE
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão
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