Os jornalistas foram os mais atingidos por graves violações em 2018,
correspondendo a 17 casos (49%), sendo a maioria dos casos de ameaças de
morte, 14 ocorrências. Em segundo lugar, aparecem os radialistas, com
12 casos (34%), o maior número já registrado pela Artigo 19 de violações
contra essa categoria.
Dos quatro assassinatos, dois casos foram de
radialistas, um em Goiás, outro do Pará. Relatório do Ministério Público
mostrou que, entre 1995 e 2018, 64 jornalistas, profissionais de
imprensa e comunicadores foram mortos no exercício da profissão no
Brasil.
Dos 35 comunicadores, 27 relataram ter sofrido algum tipo de
violação anterior, como agressões verbais, intimidação, processos
judiciais dentre outras. Dez contaram já ter recebido ameaças de morte
em razão de sua atuação.
O relatório também identificou 5 casos de
atentados a redações ou sedes de veículos em 2018. Em alguns casos,
blogueiros e outros comunicadores trabalham em suas casas.
Em 2018,
houve 11 casos de violações online, quando alguma ferramenta online
serviu de meio para a veiculação de ameaça de morte, como aplicativos de
mensagens, mídias sociais ou e-mails. Oito jornalistas foram alvos
online. O relatório chama atenção para as subnotificações, já que muitos
jornalistas não relatam essas ameaças.
Onde ocorrem as violações?
A
região Nordeste segue com o maior número de graves violações, com 13
casos, seguida pelo Sudeste, 8 casos, onde está a maior parte dos
veículos de comunicação do Brasil, e 7 no Norte, dentre eles dois
assassinatos.
São Paulo continua como o estado com mais casos, 5,
repetindo o número de 2016 e 2017. Em seguida, aparecem Bahia e Paraíba,
com 4 casos cada.
Apesar de as cidades pequenas concentrarem o maior
número dos casos, houve crescimento nos registros ocorridos em cidades
grandes (com mais de 500 mil habitantes): de 2 para 8 violações.
Quem comete?
Dentre
as pessoas que mais cometem as violações estão políticos, policiais e
agentes públicos em todos os anos levantados pelo relatório: 18 (51%)
foram cometidas por agentes do estado, das quais 15 tiveram políticos
por trás.
Os comunicadores são mais perseguidos após fazerem
denúncias: 26 dos casos apurados (74%). A organização também chama a
atenção para o alto número de casos em que os autores não se encaixam em
nenhum perfil específico. “Trata-se do que uma das vítimas apontou com
preocupação: a ascensão do cidadão comum como agressor. Alguns desses
casos possuem um autor específico responsável pela ameaça, enquanto em
outros há uma variedade de agressores”, diz o relatório.
“Outro traço
dos ataques online é o ataque à figura pessoal da comunica-dora ou
comunicador. Dentre todos os tipos de motivação aqui listados, notamos
ofensas e ataques direcionados à pessoa, não apenas ao conteúdo de sua
produção. Este nível de personalização da agressão é preocupante, em
especial quando a fronteira entre perfil pessoal e profissional de
comunicadores em redes sociais muitas vezes não existe”, completa.
A principal motivação segue sendo a realização de denúncias, o que se nota em 26 dos casos apurados (74%).
“Os
casos de graves violações em 2018 demonstram dois aspectos do cenário
de violência. Primeiro, se reforçam as tendências históricas de ataques
de pessoas poderosas, especialmente políticos, contra comunicadores em
cidades pequenas que realizam denúncias contra ações realizadas por
essas pessoas. Em segundo lugar, fica evidente um cenário que já vinha
se desenhando nos últimos anos: os ataques online contra comunicadores
têm se intensificado e impactado a vida e o trabalho de comunicadores
inclusive fora da esfera virtual, de modo que novos desafios no
enfrentamento da violência são colocados”, afirma Thiago Firbida,
assessor de Proteção e Segurança da Artigo 19 e responsável pelo
relatório.
Graves violações contra comunicadores, como jornalistas,
radialistas e blogueiros, aumentaram cerca de 30% em 2018 se comparado
com o ano anterior no Brasil, de acordo com relatório divulgado pela
organização internacional Artigo 19 nesta segunda-feira (6).
Segundo o
estudo “violações à liberdade de expressão”, foram registrados 35
graves violações, sendo 26 ameaças de morte, quatro homicídios, quatro
tentativas de homicídio e um sequestro no ano passado. Em 2017, a Artigo
19 registrou 27 casos.
O ano de 2018 repetiu o número registrado em
2012 e 2015, anos com os maiores números de casos. É a sétima vez que a
organização publica esse relatório. A Artigo 19 é uma organização
internacional de direitos humanos que atua na defesa e promoção da
liberdade de expressão e do acesso à informação pública.
As
informações apuradas no relatório dizem respeito somente às graves
ocorrências. No entanto, também são monitoradas outras formas menos
graves de violações, que servem de subsídio para o levantamento.
Segundo
o estudo, o ano de 2018 foi internacionalmente reconhecido como
violento para jornalistas. No Brasil, o perfil mais vulnerável é o do
comunicador que atua em cidades pequenas, 19 casos (54%).
Os
jornalistas foram os mais atingidos por graves violações em 2018,
correspondendo a 17 casos (49%), sendo a maioria dos casos de ameaças de
morte, 14 ocorrências. Em segundo lugar, aparecem os radialistas, com
12 casos (34%), o maior número já registrado pela Artigo 19 de violações
contra essa categoria.
Dos quatro assassinatos, dois casos foram de
radialistas, um em Goiás, outro do Pará. Relatório do Ministério Público
mostrou que, entre 1995 e 2018, 64 jornalistas, profissionais de
imprensa e comunicadores foram mortos no exercício da profissão no
Brasil.
Dos 35 comunicadores, 27 relataram ter sofrido algum tipo de
violação anterior, como agressões verbais, intimidação, processos
judiciais dentre outras. Dez contaram já ter recebido ameaças de morte
em razão de sua atuação.
O relatório também identificou 5 casos de
atentados a redações ou sedes de veículos em 2018. Em alguns casos,
blogueiros e outros comunicadores trabalham em suas casas.
Em 2018,
houve 11 casos de violações online, quando alguma ferramenta online
serviu de meio para a veiculação de ameaça de morte, como aplicativos de
mensagens, mídias sociais ou e-mails. Oito jornalistas foram alvos
online. O relatório chama atenção para as subnotificações, já que muitos
jornalistas não relatam essas ameaças.
Onde ocorrem as violações?
A
região Nordeste segue com o maior número de graves violações, com 13
casos, seguida pelo Sudeste, 8 casos, onde está a maior parte dos
veículos de comunicação do Brasil, e 7 no Norte, dentre eles dois
assassinatos.
São Paulo continua como o estado com mais casos, 5,
repetindo o número de 2016 e 2017. Em seguida, aparecem Bahia e Paraíba,
com 4 casos cada.
Apesar de as cidades pequenas concentrarem o maior
número dos casos, houve crescimento nos registros ocorridos em cidades
grandes (com mais de 500 mil habitantes): de 2 para 8 violações.
Quem comete?
Dentre
as pessoas que mais cometem as violações estão políticos, policiais e
agentes públicos em todos os anos levantados pelo relatório: 18 (51%)
foram cometidas por agentes do estado, das quais 15 tiveram políticos
por trás.
Os comunicadores são mais perseguidos após fazerem
denúncias: 26 dos casos apurados (74%). A organização também chama a
atenção para o alto número de casos em que os autores não se encaixam em
nenhum perfil específico. “Trata-se do que uma das vítimas apontou com
preocupação: a ascensão do cidadão comum como agressor. Alguns desses
casos possuem um autor específico responsável pela ameaça, enquanto em
outros há uma variedade de agressores”, diz o relatório.
“Outro traço
dos ataques online é o ataque à figura pessoal da comunica-dora ou
comunicador. Dentre todos os tipos de motivação aqui listados, notamos
ofensas e ataques direcionados à pessoa, não apenas ao conteúdo de sua
produção. Este nível de personalização da agressão é preocupante, em
especial quando a fronteira entre perfil pessoal e profissional de
comunicadores em redes sociais muitas vezes não existe”, completa.
A principal motivação segue sendo a realização de denúncias, o que se nota em 26 dos casos apurados (74%).
“Os
casos de graves violações em 2018 demonstram dois aspectos do cenário
de violência. Primeiro, se reforçam as tendências históricas de ataques
de pessoas poderosas, especialmente políticos, contra comunicadores em
cidades pequenas que realizam denúncias contra ações realizadas por
essas pessoas. Em segundo lugar, fica evidente um cenário que já vinha
se desenhando nos últimos anos: os ataques online contra comunicadores
têm se intensificado e impactado a vida e o trabalho de comunicadores
inclusive fora da esfera virtual, de modo que novos desafios no
enfrentamento da violência são colocados”, afirma Thiago Firbida,
assessor de Proteção e Segurança da Artigo 19 e responsável pelo
relatório.
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão
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