Coronavírus é encontrado em esgoto do Rio por cientistas da Fiocruz


Coronavírus é encontrado em esgoto do Rio por cientistas da Fiocruz

Marize Pereira Miagostovich, responsável pela pesquisa na Fiocruz, com Camille Mannarino, engenheira sanitarista Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz
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Ana Lucia Azevedo
RIO - Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acabam de anunciar que encontram o coronavírus no esgoto do estado do Rio de Janeiro. O vírus Sars-CoV-2 foi detectado em esgoto de Niterói, cuja prefeitura colaborou com o estudo. A descoberta é importante porque a presença do vírus no esgoto é um indicador do elevado espalhamento do causador da Covid-19 na população.
A análise do esgoto pode ser usada como instrumento para monitorar o nível de contaminação da população. Se o material genético do vírus é detectável, é sinal de que existe uma contaminação expressiva na população. O vírus é excretado nas fezes dos infectados, explica Marize Pereira Miagostovich, chefe do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC/Fiocruz e uma das autoras da pesquisa.
A análise funciona ainda como instrumento de sentinela para identificar bairros e comunidades em que há aumento de casos, subnotificações e mesmo casos não registrados, explica a engenheira sanitarista Camille Mannarino, da ENSP/Fiocruz.
Só foi possível fazer a análise em Niteroi porque a cidade é uma das raras do Brasil que conta com saneamento básico adequado e trata mais de 90% de seus efluentes. Nas demais cidades, como o município do Rio de Janeiro, a rede de esgoto deficiente inviabiliza a precisão dos testes. Seria possível verificar se o coronavírus está presente, mas não se saberia de que localidade veio o esgoto onde o material viral foi lançado.
O achado não significa que o causador da Covid 19 possa ser transmitido pelo esgoto. Isso não foi ainda investigado e é considerado pouco provável porque o coronavírus é um vírus respiratório sensível a certas condições ambientais presentes no esgoto. Provavelmente, não seria viável para se replicar ao ponto de causar infecção.
Já se sabia que o coronavírus pode estar presente nas fezes de alguns pacientes com Covid-19, mas não se sabe o potencial infeccioso desses vírus nos excrementos. Estudos de pesquisadores chineses e alemães já haviam detectado o vírus nas fezes. E em março cientistas holandeses alertaram na revista Lancet sobre o risco de contaminação e o uso do monitoramento do esgoto para o controle da pandemia.
Foi justamente após tomar conhecimento do estudo dos holandeses que a Prefeitura de Niterói procurou a Fiocruz e propôs o estudo. Foram coletadas amostras de esgoto bruto em 12 pontos estrategicamente distribuídos por Niterói, incluindo bairros como Icaraí, onde a Covid 19 foi primeiro notificada na cidade, e sete comunidades.

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