Era o último dia dos Jogos Olímpicos de Londres. O Brasil deixava a capital britânica com 16 medalhas, superando o recorde de pódios em uma edição. Porém, no apagar da chama olímpica, deu tempo para a pernambucana Yane Marques conquistar o bronze em um esporte que até então pouca gente conhecia, o pentatlo moderno.
Recebida com festa em seu estado natal, viu o reconhecimento do público aumentar. Se antes havia dúvida sobre o nome do esporte que ela praticava, desde o 17º pódio brasileiro em Londres o pentatlo moderno saiu da obscuridade. - Antes as pessoas que me reconheciam ficavam na dúvida sobre o nome do meu esporte. Hoje, quando abordada nas ruas, sou Yane Marques que faz aquele esporte bem difícil, o pentatlo moderno. Assim as pessoas falam – diz, orgulhosa.
Um reconhecimento que não foi traduzido em novos patrocínios. Com o feito em Londres, Yane esperava atrair o apoio de empresas privadas. O que não aconteceu.
Ela segue, então, dependendo da ajuda do Bolsa Atleta do Ministério do Esporte de R$ 3.100 e o soldo de terceiro sargento como atleta militar de R$ 2.300. Também continua contando com a ajuda do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no custeio de viagens e em testes científicos para aprimorar o seu desempenho. A reportagem é do Globoesporte.com e mostra o desrespeito a esse talento sertanejo.