O Caminho das Latas: como aconteceu aquele verão em números
* Diálogo escrito com base em depoimentos encontrados em crônicas e noticiários da época.
Mesmo quem não consumia a droga, caçava as latas. Durante o dia, as latas eram escondidas na areia e revendidas mais tarde para intermediários.
MAS PORQUE SERÁ QUE OS TRIPULANTES DO SOLANA STAR TIVERAM QUE JOGAR SUA PRECIOSA CARGA NO MAR? (continua...)
Existem duas versões dessa história. Descubra qual é a verdadeira no especial
VERÃO DA LATA, produção original HISTORY que será exibida em 6 de dezembro, a partir das 22H.
O Solana Star partiu da Austrália e parou para recolher sua preciosa carga em Singapura, no sudeste da Ásia. Seu destino oficial era o Panamá, mas, no caminho, a droga seria infiltrada nos EUA, a partir de Miami. Depois de navegar por 65 dias, o barco começou a ser perseguido pela Marinha e Guarda Costeira perto de Angra dos Reis, após ter que fazer uma baldeação de emergência no Brasil.
A DEA (Drug Enforcement Administration) fez o alerta sobre a carga do Solana Star para as autoridades brasileiras, enquanto o navio ainda estava na metade do caminho para cá. Um grupo de 15 a 20 homens promoveu uma caçada ao Solana Star por duas semanas, com o apoio de aeronaves, utilizando até uma fragrata e um contratorpedeiro da Marinha do Brasil. Foi uma verdadeira operação de guerra.
Para se livrar do flagrante, as aproximadamente 22 toneladas de maconha foram despejadas próximo a Ilha Grande, na costa do Rio de Janeiro. No início, as correntes marítimas espalharam as latas principalmente nos litorais paulistas e cariocas.

Antes de jogar as 15 mil latas que tinham entre 1,3 e 1,5 kg de maconha fora, os tripulantes que estavam sem comida e água potável, pensaram em afundar o Solana Star com toda a carga dentro. Pegariam outro barco nos EUA, retornando para buscar o carregamento no fundo do mar meses depois.
Seis norte-americanos e um costa-riquenho, com idades entre 32 e 52 anos, foi a tripulação registrada do Solana Star que desembarcou no Rio de Janeiro. O cozinheiro foi único preso.
Após três vistorias, apenas dez centigramas de maconha foram encontradas pela polícia nos depósitos do Solana Star, onze dias depois de sua ancoragem no Rio de Janeiro.
Cem dólares por dia de viagem foi o pagamento combinado verbalmente entre o Primeiro Oficial John Powers e Stephen G. Skelton para trabalhar como cozinheiro e ajudante geral do Solana Star. Ele seria pago ao desembarcar "no Panamá", segundo seus depoimentos para a polícia.
Stephen G. Skelton foi condenado a 20 anos de cadeia, mas foi absolvido em segunda instância, após passar um ano na prisão. Uma carga de 22 toneladas, como a do Solana Star, renderia por volta de 90 milhões de dólares aos traficantes internacionais.
Existem duas versões dessa história. Descubra qual é a verdadeira no especial
VERÃO DA LATA, produção original HISTORY que será exibida em 6 de dezembro, a partir das 22H.
O Solana Star partiu da Austrália e parou para recolher sua preciosa carga em Singapura, no sudeste da Ásia. Seu destino oficial era o Panamá, mas, no caminho, a droga seria infiltrada nos EUA, a partir de Miami. Depois de navegar por 65 dias, o barco começou a ser perseguido pela Marinha e Guarda Costeira perto de Angra dos Reis, após ter que fazer uma baldeação de emergência no Brasil.
Para se livrar do flagrante, as aproximadamente 22 toneladas de maconha foram despejadas próximo a Ilha Grande, na costa do Rio de Janeiro. No início, as correntes marítimas espalharam as latas principalmente nos litorais paulistas e cariocas.
Seis norte-americanos e um costa-riquenho, com idades entre 32 e 52 anos, foi a tripulação registrada do Solana Star que desembarcou no Rio de Janeiro. O cozinheiro foi único preso.
Após três vistorias, apenas dez centigramas de maconha foram encontradas pela polícia nos depósitos do Solana Star, onze dias depois de sua ancoragem no Rio de Janeiro.
Cem dólares por dia de viagem foi o pagamento combinado verbalmente entre o Primeiro Oficial John Powers e Stephen G. Skelton para trabalhar como cozinheiro e ajudante geral do Solana Star. Ele seria pago ao desembarcar "no Panamá", segundo seus depoimentos para a polícia.
Stephen G. Skelton foi condenado a 20 anos de cadeia, mas foi absolvido em segunda instância, após passar um ano na prisão. Uma carga de 22 toneladas, como a do Solana Star, renderia por volta de 90 milhões de dólares aos traficantes internacionais.
No Brasil, por conta da “qualidade superior da erva”, cada lata de maconha poderia ser comercializada por até 500 dólares na Zona Sul do Rio de Janeiro. Matérias de jornal publicadas na época dizem que esses 500 dólares correspondiam a 30 mil cruzados, e que os pescadores e caiçaras vendiam a mesma quantidade de erva da lata por 4 a 8 mil cruzados para os intermediadores.
Das 15 mil latas lançadas ao mar, a polícia só conseguiu apreender 2.563 latas, conforme os registros oficiais. O resto foi consumido ou se perdeu nos mares brasileiros.
Das 15 mil latas lançadas ao mar, a polícia só conseguiu apreender 2.563 latas, conforme os registros oficiais. O resto foi consumido ou se perdeu nos mares brasileiros.