Aconteceu nesta quinta-feira (04) na Câmara dos Vereadores um fórum promovido pelo Canto Mãe Coruja de Iguaracy. O encontro contou com a participação do Coordenador Regional do Programa, O Sr. Wilson Rodrigues, a Secretária de Saúde Laura Veras, a técnica Socorro Martins e outras profissionais do Canto Mãe Coruja.
O fórum contou também com uma parcela bastante significava e representativa de vários órgão municipais, entre eles agentes e professores pedagógicos do CES’s, CRAS volante, profissionais das secretarias de saúde, educação e desenvolvimento e assistência social, coordenação do PNI, VBS de Irajaí, Bolsa Família, PSF’s da sede e do Bairro Santa Ana, enfermeiras do PSF, NASF, coordenadora AB, Coordenadora de Vigilância em Saúde, ACS’s, Cartório Civil e Conselho Tutelar.
O Sr. Wilson Rodrigues que é Coordenador Regional do Programa Mãe Coruja no Pajeú, disse que Iguaracy passa por um momento onde só tem a dizer parabéns, porque tem sido um exemplo de consolidação, deu os parabéns ao gabinete do prefeito, a secretaria de saúde, aos agentes comunitários, as equipes de PSF’s e parabéns a todos que recebem o Mãe Coruja como um amigo, como um parceiro, contribuindo direto e indiretamente para com o sucesso do programa.
Nas palavras do coordenador Wilson, “o que queremos no futuro é que sejamos melhor do que hoje, o que queremos no futuro é produzir mais educação, mais saúde, mais infraestrutura, mais cidadania, mais direitos”. Disse ainda que cada um dos componentes do Mãe Coruja tem um papel importante no seu dia a dia, de prestar um serviço de qualidade, pois a quantidade não interessa mais e sim a qualidade, e é isso um dos principais objetivos do programa Mãe Coruja em Iguaracy e em Pernambuco.
No encerramento de sua fala, o Coordenador disse que o Estado não quer apenas números, o Estado quer nome e quer endereço, com preenchimento em planilha de todos os dados, os acompanhamentos e monitoramentos que são realizados, o objetivo é fortalecer cada vez mais as coordenações nos municípios e seus parceiros em prol de um atendimento cada vez melhor as mães pernambucanas.
A secretária de Saúde Regina Laura Veras em suas palavras não escondeu a preocupação que tem com as crianças onde muitas estão deixando a primeira infância de lado e tem assumido responsabilidades cada vez maiores, disse que hoje se costuma ver crianças cuidando de crianças. Em relação aos jovens que estão tendo uma vida cada vez mais promiscua e desregrada, a secretária fez uma triste revelação, o número de HIV no município cresceu, e isso é mais um ponto a ser tralhado, pedindo no momento a participação do Programa Mãe Coruja, para que reforce entre as mães do programa o cuidados necessário de prevenção, buscando estimular o uso de preservativos até mesmo entre os casais. A secretária convidou os órgãos representados a trabalharem este tema entre os adolescentes.
Um dos assuntos que foi também abordado pela secretaria, foi a do incentivo ao parto normal, mais vantajoso para as gestantes, além de ser saudável e sem riscos de contrair doenças ou infecções através da cesária, a secretária finalizou dizendo que se orgulha muito em ser parceira do Mãe Coruja, disse que são excelentes profissionais, agradeceu ao Coordenado Wilson que tem levado o nome do município ao estado mostrando os resultados positivos da atual gestão municipal, agradeceu também as equipes de saúde e aos demais parceiros que tem colaborado e ajudado para que a saúde de Iguaracy continue dando certo.
Na ocasião, a Técnica do Mãe Coruja Socorro Martins, fez uma avaliação dos trabalhos que vem sendo realizados no município, onde citou que atualmente o programa conta com 381 mães cadastradas, com um total de 122 gestantes, 9 apresentam gravidez de risco e 33 dessas gestantes são adolescentes, o programa também conta com 87 crianças acompanhadas, sendo que 45 destas utilizando-se do aleitamento materno. De um total de 87 parturientes cadastradas no programa e que deram a luz, 32 foram através de partos normais e 55 por partos através de cesariana, ou seja, 63,2%, algo a ser trabalhado na busca de mudar esta realidade, para que mais mulheres façam partos normais.
Segundo a técnica, um dos grandes entraves do programa, é que muitas mães não se cadastram porque acham que o programa é somente para atender pessoas humildes e por isso deixam de receber um benefício tão importante.
A Coordenadora Pedagógica do CEC (Circulo de Educação e Cultura), Ana Maria Rabêlo, fez uma explanação dos trabalhos que vem sendo realizados com as mães do Canto Mãe Coruja que optaram participar dos círculos, num total de 48 cadastradas, disse que semanalmente existem a disposição das mesmas quatro círculos de educação com uma série de atividades, porém, estas não são obrigadas a frequentar todos os encontros pedagógicos, ficando a critério escolher aquilo que mais as agrada. Disse ainda que ao todo, foram entregues 176 kits no Canto Mãe Coruja de Iguaracy nos anos de 2012, 2013 e 2014, através dos Cursos de qualificação profissional realizados no município.
Alguns dos trabalhos realizados pelas mães cadastradas (cursos de customização)
Disse ainda que através desse atendimento que tem uma pedagogia bem elaborada, as mulheres se sentem mais integrantes do sistema, há um grande aumento da autoestima, cria-se um efeito positivo em suas vidas, um cenário fortalecido, resgatando a cidadania e reduzindo o sofrimento. (continua...)
Programa Mãe Coruja
Criado em 2007, por meio do decreto de n° 30.859, o programa Mãe Coruja Pernambucana está presente em 95 municípios do Estado para garantir às crianças o direito a um nascimento e desenvolvimento saudável. O projeto também busca reduzir a morbi-mortalidade materna e infantil, promovendo uma gestação saudável, fortalecendo os vínculos afetivos entre mãe e filho e cuidando de forma ampla da mulher e da criança.
Em 2009, o governador, Eduardo Campos, transformou o projeto em Lei, por meio da Lei de N° 13.959, de 15 de dezembro de 2009. Com uma rede que inclui o trabalho de sete secretarias de Estado, o Programa atua nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social e assistência. As ações são desenvolvidas por meio dos “Cantos Mãe Coruja”, espaços que estão presentes em todos os municípios pernambucanos com mortalidade acima de 25 para cada 1.000 nascidos vivos.
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