Lula exibe anúncios religiosos 23 milhões de vezes em 3 semanas


Lula exibe anúncios religiosos 23 milhões de vezes em 3 semanas

A campanha do ex-presidente e candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gastou R$ 227,5 mil para mostrar anúncios voltados ao público religioso 23 milhões de vezes nas últimas 3 semanas.

Trata-se de uma tentativa de conter o avanço do principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), entre evangélicos.

Os dados compilados incluem YouTube, Google e Facebook. Em todas essas plataformas é possível pagar para que determinado conteúdo seja impulsionado, ou seja, exibido a mais pessoas.

O foco da campanha nesses anúncios foi o boato espalhado por bolsonaristas que, se eleito, o petista fechará templos.

Do total gasto, 70% foram para anúncios que falam da sanção do ex-presidente à lei de liberdade religiosa.

Quem buscou “Lula fechou igrejas” no Google nos últimos dias viu como 1º resultado um anúncio que leva para um vídeo do petista com líderes evangélicos dizendo que nunca cerceou cultos

Além do material usado na internet, também houve declarações nesse sentido na propaganda de TV. Em 27 de agosto, por exemplo, Lula levou a música religiosa ao ar. Em 1º de setembro, disse que “Cristo nos ensinou a amar ao próximo como a si mesmo”.

Ambiente hostil ao PT

O sentimento de perseguição (que vem de um tempo em que os evangélicos eram parcela pequena da população) e as pregações sobre o tema são comuns em templos, mesmo fora de período eleitoral. Isso faz esse tipo de mensagem ter apelo, diz Vinícius do Vale, do Observatório Evangélico.

De acordo com o cientista político, que vem colhendo relatos dessas mensagens eleitorais entre os evangélicos, o dano principal à campanha do PT não é o boato em si, mas o ambiente que se criou nas igrejas.

“Acredita nisso quem já está predisposto. A questão é que ficou muito difícil para alguém desse segmento veicular em público uma posição diferente da majoritária [contra o PT]“, afirma o pesquisador.

Vinícius do Vale, autor do livro “Entre a religião e o Lulismo“, observa haver parcela pequena (mas significativa) dos evangélicos que rejeita o aumento da política nas igrejas. Esse grupo, avalia, sente-se constrangido em falar.

“A campanha do Lula tenta quebrar esse discurso único e se conectar com esses fiéis. Pode servir para mostrar empatia e parar de perder terreno”, diz ele.

Na sexta-feira (09), haverá uma tentativa presencial de reduzir a resistência do setor. Lula e o vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), participarão de encontro com evangélicos em São Gonçalo (RJ). As informações são do site do Poder360.

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