Todos os dias na volta do trabalho exaustivo de gari, Maria do Rosário comprava uma borracha. Em casa, ela apagava todas as respostas escritas pelo antigo dono dos livros doados para a filha dela, Angélica Oton. Assim, a jovem de 20 anos, construía novas repostas e estudava para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com a nota da prova, ela foi aprovada pelo Sisu 2024 para o curso de medicina, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
"Fiquei muito feliz quando eu vi o meu nome. Deu uma sensação de alívio e de dever cumprido. Corri e abracei meu pai. Corri e abracei minha mãe. Os vizinhos chegando. Todo mundo tava torcendo por isso, e a gente ficou muito feliz", lembrou.
Mas antes de realizar esse sonho coletivo, um longo caminho precisou ser percorrido pela jovem sertaneja, que mora em Boa Ventura. Ela foi bolsista em uma escola localizada na cidade vizinha, Itaporanga. Acordava antes do sol nascer, ainda na madrugada. Para que ela pudesse assistir às aulas, os pais pagavam uma taxa de cerca de R$ 150 com o transporte em um ônibus. Isso já pesava no orçamento da família.
Quando terminou o ensino médio, a aprovação não veio na primeira tentativa. Nem na segunda. Na terceira, todo o esforço de Angélica e da família dela foram recompensados. Só que até isso acontecer, foram dias e mais dias de estudos. Em alguns deles, ela chegou a passar até 11 horas na frente dos livros, apostilas e provas.
"Fiquei muito feliz quando eu vi o meu nome. Deu uma sensação de alívio e de dever cumprido. Corri e abracei meu pai. Corri e abracei minha mãe. Os vizinhos chegando. Todo mundo tava torcendo por isso, e a gente ficou muito feliz", lembrou.
Mas antes de realizar esse sonho coletivo, um longo caminho precisou ser percorrido pela jovem sertaneja, que mora em Boa Ventura. Ela foi bolsista em uma escola localizada na cidade vizinha, Itaporanga. Acordava antes do sol nascer, ainda na madrugada. Para que ela pudesse assistir às aulas, os pais pagavam uma taxa de cerca de R$ 150 com o transporte em um ônibus. Isso já pesava no orçamento da família.
Quando terminou o ensino médio, a aprovação não veio na primeira tentativa. Nem na segunda. Na terceira, todo o esforço de Angélica e da família dela foram recompensados. Só que até isso acontecer, foram dias e mais dias de estudos. Em alguns deles, ela chegou a passar até 11 horas na frente dos livros, apostilas e provas.
G1.Globo