Houve solicitação de inquérito à Polícia Federal. “A conduta ilícita de captação de sufrágio –a famigerada compra de votos – está substancialmente comprovada através de documento apreendido em poder de cabo eleitoral dos candidatos eleitos, e provas colhidas nos autos do Inquérito Policial conduzido pelo departamento da Polícia Federal", diz o MP. A ação cita Janaína como cabo eleitoral de Patriota e seu vínculo como Fiscal da Coligação e detentora de cargo na gestão Tototonho Valadares, que apoiou o socialista Patriota. Até o fato de sua relação com Paulo Valadares, irmão de Totonho, é citada na ação.
A promotora Ana Clézia anexa comprovantes de beneficiários com dados como nome, telefone e benefício a ser recebido. Interrogada, Janaína Sá defendeu que agiu por conta própria, em favor dos candidatos. Diz ela que coordenou sozinha a ação. E que não houve compra de votos. “Os moradores da comunidade costumavam fazer esses pedidos”, disse, negando ter oferecido vantagem.
Mas diz o MP : “Como se vê os registros das vantagens pessoais doadas ou ou prometidas constituem prova contundente da compra de votos para os cargos majoritários, sendo identificado também o candidato a vereador Augusto Martins”.
Trecho da ação do MP : pedindo cassação e novo pleito
Ouvidos pela PF, os candidatos Patriota e Lúcia negaram participação na compra ou oferecimento de vantagens, conforme trecho da ação, com base na investigação. Augusto não foi localizado para ser ouvido.
Ao fim, o MP pede a cassação do registro de Patriota e Lúcia Moura por captação ilícita de sufrágio e consequentemente a realização de uma eleição suplementar, já que Patriota foi o mais votado, com 52,22% dos votos. Para Augusto, pede cassação de registro, diploma e multa. Os citados tem cinco dias para apresentar defesa.
Por Nill Júnior