Iguaraciense relata como deu a luz no banheiro do Hospital Regional
A senhora Sandra Belarmino Gomes, de 34 anos de idade, casada e mãe de oito filhos, residente no Sítio Baixa do Juá, em Iguaracy, no último sábado, 04 de outubro, deu entrada no Hospital Regional Emília Câmara em Afogados da Ingazeira para dar a luz um filho, quando chegou na unidade, o médico não quis fazer o parto e encaminhou com senha para a cidade de Serra Talhada, como estava demorando a saída para Serra Talhada, sentindo fortes dores, foi ao banheiro onde a criança nasceu, e mesmo a criança já tendo nascido, o hospital não quis cuidar da parturiente sendo ela encaminhada para Serra Talhada. Chegando a Serra Talhada, o hospital de lá também não quis ficar com a paciente, haja visto a criança já ter nascido e a senha de atendimento era para um parto.
Sandra em pose para foto com filhos: Todos partos normais
O prefeito de Iguaracy Francisco Dessoles Monteiro que estava no momento acompanhando a ocorrência por telefone, disse a nossa redação que já prevendo que a paciente não iria ser aceita novamente em Afogados da Ingazeira, haja visto já ter sido transferida para outro hospital que também a recusou, e tendo em vista a crueldade da mãe e seu filho recém nascido terem enfrentado uma viagem de 160 quilômetros desnecessariamente, e ainda correr o risco de não ser aceita novamente no Regional e ficar pra lá e pra cá dentro de uma ambulância, então, disse o prefeito, “não tive outra alternativa a não ser ligar para o Ministério Público na pessoa do Promotor Dr. Lúcio Luiz de Almeida em busca de ajuda por estarem brincando com vidas humanas”.
O Promotor ligou então para a direção do hospital perguntando sobre os fatos, e a diretora do hospital prometeu tomar as providências necessárias sobre o ocorrido. Segundo informado ainda pelo prefeito Dessoles, o Promotor Dr. Lúcio lhe disse que abriu um procedimento para apurar os fatos, disse que uma gestante dar a luz em um banheiro de hospital é uma coisa que choca e precisa ser tomado providências para que não aconteça de novo.
Segundo informações preliminares, as normas que o médico se baseou para não atender a parturiente é um protocolo do Ministério da Saúde, onde se diz que para se atender a um parto tem que haver uma equipe médica composta por um cirurgião, um anestesista, um pediatra e um obstetra.
A equipe da Tv Web Sertão Sérgio Coelho e Bruno Júnior em frente
a residência das vítimas do descaso
a residência das vítimas do descaso
Porém, como o prefeito mesmo disse, é necessário haver bom senso numa situação de emergência, e em relação a paciente de Iguaracy, a mesma já havia dado a luz a sete crianças através de partos normais. Segundo o prefeito, este protocolo cabe para cesarianas ou gravidez de risco, um parto normal, uma simples parteira vem realizando desde a fundação do mundo.
O prefeito foi enfático ainda, que se é para seguir normas, então que o Hospital Regional esteja preparado com profissionais para receber os pacientes, haja visto ter sido criado e recebe verba do governo do estado para esta finalidade.