Como existem pessoas com mais de um mandado de prisão em aberto, não é possível saber quantos investigados estão hoje indevidamente em liberdade. Do total de ordens de prisão não cumpridas, a maioria, 136.952, se refere a pessoas procuradas. Isso significa que, depois de emitida a ordem de prisão, o investigado nunca foi capturado. Os outros 7.015 mandados são de foragidos: ou seja, pessoas que já estiveram presas um dia, mas fugiram. Ou, ainda, que estavam no regime semiaberto e saíram durante o dia com autorização judicial, mas nunca retornaram para a prisão, como deveriam ter feito na noite do mesmo dia. Segundo o Ministério da Justiça, há 726.712 presos no Brasil.
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Há também
nesse grupo de foragidos os beneficiados com os chamados “saidões”: o
direito de sair da cadeia em um feriado prolongado, desde que o detento
se comprometa a retornar ao fim do período. Mas muitos não voltam para o
presídio e não são encontrados depois. Considerando números absolutos, o
estado com maior número de mandados de prisão não cumpridos é o Rio de
Janeiro, com 34.058. Existem no estado 74.875 detentos, segundo o CNJ.
A situação dessas ordens judiciais é atualizada no cadastro pelas Varas de Execução Penal de todo o país. O número de mandados de prisão em aberto ainda pode aumentar. Na última sexta-feira, faltavam no banco de dados informações relativas ao Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os números do Paraná e de São Paulo ainda estavam incompletos. A expectativa é de que os dados nacionais estejam fechados até julho.
Ontem, O GLOBO mostrou que 6.638 pessoas morreram nas cadeias entre 2014 a 2017, uma média de mais de quatro mortes por dia.
ESTADOS DESCONHECEM NÚMEROS
Os números compõem o Banco Nacional de Monitoramento de Presos (BNMP), idealizado na gestão da ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e também do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois que estiver pronta, a plataforma vai ser atualizada em tempo real: todos os mandados de prisão serão gerados pelos juízes de execução no próprio programa, bem como as ordens de soltura dos presos.
Na análise proporcional dos números, é possível identificar que algumas unidades da federação têm situação mais crítica do que outras. Caso as autoridades do Pará, por exemplo, conseguissem capturar hoje todos os procurados e foragidos, o número de presos do estado poderia chegar perto do dobro. Existem no local 15.565 detentos e, ao mesmo tempo, 13.664 ordens de prisão em aberto.
A situação também é alarmante no Piauí, que conta com 4.426 presos e 3.053 mandados de prisão não cumpridos. Em Alagoas, existem 4.503 presos e 3.041 ordens de prisão em aberto. Em São Paulo, embora os dados ainda estejam incompletos, com 66% do total, existem ao menos 20.368 ordens de prisão não cumpridas. Em contrapartida, o número de presos cadastrados até agora é de 150.995.
O banco de dados do CNJ tem gerado números que nem mesmo as secretarias de Segurança dos estados, responsáveis pela captura de criminosos, conheciam. Vários secretários já procuraram o Conselho para saber os detalhes sobre os mandados de prisão em aberto, para agilizar o cumprimento das ordens. Segundo integrantes do CNJ, os governantes estariam temerosos com as esperadas críticas da opinião pública, diante de informações tão alarmantes. (Via: O Globo)
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão
A situação dessas ordens judiciais é atualizada no cadastro pelas Varas de Execução Penal de todo o país. O número de mandados de prisão em aberto ainda pode aumentar. Na última sexta-feira, faltavam no banco de dados informações relativas ao Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os números do Paraná e de São Paulo ainda estavam incompletos. A expectativa é de que os dados nacionais estejam fechados até julho.
Ontem, O GLOBO mostrou que 6.638 pessoas morreram nas cadeias entre 2014 a 2017, uma média de mais de quatro mortes por dia.
ESTADOS DESCONHECEM NÚMEROS
Os números compõem o Banco Nacional de Monitoramento de Presos (BNMP), idealizado na gestão da ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e também do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois que estiver pronta, a plataforma vai ser atualizada em tempo real: todos os mandados de prisão serão gerados pelos juízes de execução no próprio programa, bem como as ordens de soltura dos presos.
Na análise proporcional dos números, é possível identificar que algumas unidades da federação têm situação mais crítica do que outras. Caso as autoridades do Pará, por exemplo, conseguissem capturar hoje todos os procurados e foragidos, o número de presos do estado poderia chegar perto do dobro. Existem no local 15.565 detentos e, ao mesmo tempo, 13.664 ordens de prisão em aberto.
A situação também é alarmante no Piauí, que conta com 4.426 presos e 3.053 mandados de prisão não cumpridos. Em Alagoas, existem 4.503 presos e 3.041 ordens de prisão em aberto. Em São Paulo, embora os dados ainda estejam incompletos, com 66% do total, existem ao menos 20.368 ordens de prisão não cumpridas. Em contrapartida, o número de presos cadastrados até agora é de 150.995.
O banco de dados do CNJ tem gerado números que nem mesmo as secretarias de Segurança dos estados, responsáveis pela captura de criminosos, conheciam. Vários secretários já procuraram o Conselho para saber os detalhes sobre os mandados de prisão em aberto, para agilizar o cumprimento das ordens. Segundo integrantes do CNJ, os governantes estariam temerosos com as esperadas críticas da opinião pública, diante de informações tão alarmantes. (Via: O Globo)
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