Nesta segunda-feira (29), foi a vez da sede do municipio comemorar o
Dia Nacional da Caatinga e receber toda a estrutura montada pelo
Governo Municipal de Iguaracy, numa ação da
Secretaria de Educação com a presença de alunos, gestores, coordenadores e professores de suas unidades de ensino e que contou também com o apoio da Igreja Católica, que realizou a primeira Missa da Caatinga do município.
Para o prefeito
Zeinha Torres, que também visitou a exposição e participou da missa em homenagem a Caatinga, a iniciativa da Secretaria de Educação foi muito importante, pois segundo o gestor valoriza algo que é nosso e que estamos em contato todos os dias.
O pároco Rogério Veríssimo presidiu a missa na calçada da Igreja Matriz
"Essa exposição foi importante porque devemos conscientizar a nossa população no sentido de valorizar e também preservar a nossa natureza", disse o prefeito que não esconde de ninguém as suas origens de homem do campo e que antes de ser um servidor público, buscava meios de subsistência através do trabalho no campo e através da criação de animais.
Essa cobertura vegetal exclusivamente brasileira é singular, ou seja, não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo além do Nordeste do Brasil. Ocupa uma área de aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
Professores e alunos falaram sobre a importância e as riquezas da Caatinga.
Durante muito tempo a Caatinga foi descrita como ecossistema pobre em espécies e endemismo. No entanto, estudos recentes apontam o contrário. A flora já levantada registra aproximadamente mil espécies, das quais um terço são espécies endêmicas (exclusivas). Estima-se que o total de espécies vegetais alcance 2 mil a 3 mil. Ademais, mamíferos, peixes, aves, répteis e anfíbios superam mil espécies com um nível de endemismo bastante variado.
É desse patrimônio biológico que o sertanejo obtém madeira, carvão,
carnes, frutas, plantas medicinais, fibras, mel e forragem para os
rebanhos. Infelizmente, o mau uso e ocupação da terra pelo homem têm, há
tempos, levado um estresse ambiental à caatinga sem precedentes na
história. As razões para esse desmantelamento da caatinga tem sido o uso
da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos agropecuários.
Para dar uma ideia da velocidade da destruição, entre 2002 e 2008, a
caatinga foi removida o equivalente a 1.657.600 campos de futebol,
conforme o estudo.
Desta forma, é enaltecida a iniciativa da gestão municipal em realizar atividades como estas, onde as pessoas possam compreender, entender, valorizar e aprender como preservar as nossas riquezas naturais.