A expectativa é reduzir o tempo do detecção do vírus de 72h para menos de 24h, estima a secretaria Estadual de Saúde. Hoje, as amostras colhidas são levadas de avião para o Instituto Evandro Chagas no Pará, o que resulta na demora da análise. As informações foram divulgadas pela pasta na manhã desta segunda-feira (9).
De acordo com o secretário André Longo, o prazo de dez dias é para a capacitação dos profissionais. “Nossa expectativa é que os treinamentos comecem esta semana, a partir da chegada dos testes”, afirmou. “A partir do momento que a gente esteja qualificado, treinado pela Fiocruz, pelo Instituto Evandro Chagas, há uma certificação deles e a gente vai fazer o exame aqui sem precisar de contraprova.”
Pernambuco é um dos quatorze estados e Distrito Federal a receber os kits produzidos pela Fiocruz. Até o momento, somente a Fundação e laboratórios de São Paulo, Pará e Goiás realizam o teste que detecta o vírus.
A Fiocruz iniciou na terça-feira passada (3) a produzir os protótipos dos kits, desenvolvidos pelos institutos de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) sob demanda do Ministério da Saúde. Cada um contém insumos para realizar 30 mil testes para o coronavírus. Segundo a instituição, a capacidade de produção é de aproximadamente 20 mil testes por semana.
Professores são capacitados
Os professores da rede estadual também passam por capacitação nos próximos dias. Nesta segunda, gestores das regionais de educação tiveram encontro com técnicos da secretaria de Educação.
De acordo com o secretário executivo da pasta, Severino Andrade, são 1060 escolas, mais de 500 mil estudantes e mais de 40 mil profissionais de educação serão alcançados pela iniciativa. “Sabemos que o estudante leva a informação a sua família, a sua comunidade. Temos certeza que através desses estudantes, nós podemos fazer chegar as informações corretas a toda população pernambucana”, disse.
“Estão previstas inicialmente atividades todos os dias essa semana, do dia 9 ao 13, em todas as escolas da rede estadual”, falou. Ações como oficinas, rodas de conversas, debates e exposições vão orientar as crianças e jovens e esclarecer dúvidas e mitos sobre o coronavírus. (Via: Jc Online - Foto: KENA BETANCUR / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)