Para ajudar na solidão durante isolamento social, especialistas recomendam adoção de pets, mas apontam cuidados


Para ajudar na solidão durante isolamento social, especialistas recomendam adoção de pets, mas apontam cuidados

Neste cenário de isolamento, marcado pelo aumento de sintomas psíquicos e transtornos mentais, a adoção de um pet pode ajudar a aliviar os dias difíceis, é o que avalia a psicóloga e neuropsicóloga Luciana Caldas.
“Um dos maiores problemas da pandemia é a restrição social, que afeta o emocional e compromete a saúde mental das pessoas. A interação com animais de estimação é uma alternativa interessante para essa questão, pois minimiza a solidão e leva o indivíduo a se ocupar com atividades de cuidado com o pet, tirando o foco de outras questões que geram ansiedade e estresse”, explica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país que apresenta maior prevalência de depressão na América Latina. É também o país mais ansioso do mundo. Segundo a especialista, a atual crise sanitária agrava a situação, tornando-se um importante fator de risco para o adoecimento mental das pessoas.
A psicóloga destaca que houve aumento do número de casos de depressão, transtornos de ansiedade, compulsão alimentar, transtorno obsessivo compulsivo, estresse pós-traumático, e alerta que a dependência de eletrônicos e uso em excesso de substâncias psicoativas têm preocupado profissionais de saúde e chamado a atenção para a necessidade do cuidado da saúde mental.
“A mudança repentina da rotina, a apreensão em relação ao futuro e, especialmente, o isolamento social afetam diretamente o comportamento das pessoas. Acabam gerando impactos nos padrões de sono, alimentação e humor; geram problemas nos relacionamentos; aumentam os níveis de ansiedade; e servem de gatilho para o desencadeamento de diversos transtornos mentais”, detalha.
Por isso, a especialista ressalta que procurar ajuda profissional deve ser uma prioridade no atual momento. Além disso, Luciana também acrescenta outras medidas que podem amenizar o impacto causado pela pandemia.
"É preciso praticar atividade física, aprender e treinar técnicas de relaxamento, manter contato com parentes e amigos através dos meios de comunicação à distância, evitar o excesso de informações negativas sobre a pandemia, cuidar da rotina para organizar o tempo de forma a evitar sobrecarga e desgaste. Também é necessário buscar ajuda profissional, caso perceba que seu estado emocional está impactando nas atividades do dia a dia, interferindo nos relacionamentos ou causando sofrimento intenso".
O médico veterinário Fernando Oliveira reforça que a adoção de um animal é uma boa companhia contra a solidão do isolamento social. “É muito importante a interação do ser humano com o animal, principalmente, nesta fase. As pessoas têm ficado mais retidas em casa, e o animal faz essa companhia”, diz.
No entanto, o especialista lembra que o ato traz responsabilidades, pois, o humor do animal tem relação com o comportamento do tutor. “Quando uma pessoa está emocionalmente debilitada pode atingir o animal. Nosso timbre de voz muda também. Os animais obedecem a uma seguinte regra: um som e um movimento geram impacto. Se você faz um movimento brusco ou suave, ele entende. Uma pessoa que está com o comportamento alterado vai refletir uma certa agitação no animal porque ele percebe isso”, explica.
O veterinário também faz um alerta antes da escolha do pet, como um gato ou cachorro. “Apartamento pequeno, raças de porte pequeno. Animais de porte mediano e grande são mais para casas. Mas, devemos observar que se você sai às sete da manhã e chega às oito da noite, seu animal vai precisar de atividade. Não é só ‘eu tenho um cachorrinho. Se você deixar ele trancado, o animal vai ter que gastar energia e vai destruir seu apartamento”, alerta.
Confira cuidados importante que devem ser tomados antes de adotar um animal:
- Certifique-se de que você tem condições financeiras de adotar um animal. É preciso levar em consideração que existirá um aumento nos gastos mensais com alimentação, vacinas, medicamentos esporádicos, banho, tosa e outras responsabilidades;
- Adapte a sua rotina à do seu pet. Animais precisam da sua presença e dedicação;
- Separe um lugar da sua residência para ele. O animal precisa de espaço, principalmente, se ele for de porte médio e/ou grande. Se o espaço não permitir que o animal gaste sua energia, é provável que ele provoque alguns acidentes e estrague móveis, sapatos e objetos de decoração. Para alguns animais, as telas de proteção nas janelas serão necessárias.
- Faça exames dermatológicos e descubra se você tem alergia ao pelo do animal.
Adotar um animal muda completamente a vida de alguém. O amor que eles nos dão é tão grande que fica impossível retribuir à altura. Se você não tem condições de arcar com os custos do animal, não adote.
Lembre: abandonar ou maltratar animais é crime previsto pela Lei Federal nº 9.605/98. Vale lembrar que uma nova legislação, a Lei Federal nº 14.064/20, sancionada em setembro, aumentou a pena de detenção que era de até um ano para até cinco anos para quem cometer este crime.

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