Ansiedade é o problema psicológico que
mais interfere na vida dos pernambucanos. Junto à depressão, as questões
lideram os fatores que mais levam a população ao divã, em busca de
ajuda profissional. Apesar dos “transtornos da modernidade” serem cada
vez mais comuns, muita gente ainda luta contra os preconceitos.
“Nunca quis chegar perto de um
consultório. As pessoas acham que quem faz terapia é louco. Hoje, digo
aos quatro ventos o quão bem faz”, disse a turismóloga do bairro do
Rosarinho Cinthya Araújo, 26. Com ajuda de terapia, ela vem controlando a
ansiedade que a acompanhou desde a adolescência, mal que pode afetar a
qualidade alimentar, causar variações de humor, além de oferecer riscos
de problemas com autoestima e fobias sociais, a exemplo da síndrome do
pânico.
Completam o ranking de problemas mais
recorrentes em Pernambuco a dificuldade em relacionar-se com o próximo, a
síndrome do pânico, fobias sociais diversas e a dependência química.
“Cada momento histórico é responsável pelos sintomas de uma geração.
Durante a ditadura, por exemplo, a condição expoente era a neurose, por
conta do contexto de repressão. Hoje, o pernambucano é influenciado pela
constante busca do ganho econômico, em detrimento das relações
pessoais, e, enquanto isso, acaba se percebendo a pedir socorro”, opina a
coordenadora da clínica de psicologia da Universidade Católica de
Pernambuco, Irinea Catarino.
Confira mais sobre o problema, assim
como o que vem oferecendo transtornos psicológicos às crianças e
adolescentes pernambucanos, na edição deste domingo do Diário de
Pernambuco