Dona Cícera falou que foi a carneirinha no outro dia, acendeu umas velinhas e batizou o 'anjinho'. Depois disso, nunca mais o ouviu chorar. Já o esposo de dona Cícera, o aposentado Antonio Teotônio, relata que quando trabalhou de coveiro no mesmo cemitério (Parque da Saudade), chegou a ver também coisas espantosas.
Antonio lembra que um dia estava limpando uma cova, e quando levantou a cabeça se deparou com uma mulher a sua frente. Depois de alguns minutos olhando para ele, ela sumiu subitamente sem que ele visse a sua direção. Após a visão, seu Antonio largou a enxada e sapecou os pés pra casa com os cabelos arrepiados. Assim como dona Cícera e seu Antonio, muitas pessoas que prestam serviço em cemitérios relatam coisas misteriosas, estranhas e sem explicação.
A gente deve ter medo de quem está VIVO
O pedreiro José Barbosa Soares, 53 anos, trabalha há mais de vinte anos construindo catacumbas nos dois cemitérios de Afogados da Ingazeira. Para José, sepultura, caixão, funeral e cemitério já fazem parte da sua rotina. Ele conta que não tem medo de mortos. "Já cheguei a dormir várias vezes em cima de catacumbas e nunca vi nada, acho que a gente deve ter medo de quem está vivo, esses sim podem nos fazer algo de ruim, mas os mortos, acredito que não", disse.
Por Itamar França