Somente no dia de ontem, terça-feira (13), pela manhã foram acompanhadas pelo conselho tutelar duas menores para o IML de Caruaru para a realização de exames sexológicos com o objetivo de instruir casos de violência sexual contra crianças e adolescente, a tarde um caso de pedofilia nos foi repassado pela Policia Civil através de uma denúncia realizada pelo Disque 100 e a noite, mais duas notificações de violência sexual contra crianças foram registradas na comunidade de Jabitacá, e, é preciso enaltecer, que estes dois últimos registros de queixas aconteceram justamente devido as palestras que temos realizado.
Na busca de combater este mal, mais uma vez, O CONTI, o CREAS e o CRAS estiveram juntando forças com as escolas na luta contra a exploração e a violência sexual contra crianças e adolescentes, onde neste última terça-feira estiveram se reunindo com a comunidade do Sítio Ramada da Quixabeira e Caldeirões e logo após na Escola Estadual Joaquim Alves de Freitas.
As palestras e as campanhas contra violência sexual tem surtido efeito e por isso temos levantado esta bandeira e esperamos assim realizar encontros em todas as escolas e comunidades do município de Iguaracy.
O debate foi realizado pelo coordenador do CONTI, Sérgio Coelho e pela Coordenadora do CREAS, Daniela Dark e ambos trabalharam os seguintes tópicos:
A diferença entre abuso e exploração sexual; Onde a violência pode ocorrer; Quem é capaz de abusar sexualmente de crianças ou de adolescentes; Que tipo de práticas são consideradas abuso e a violência sexual; Quais são as consequências do abuso e da exploração sexual na vida das vítimas; Como perceber os sinais de alerta; Indicadores comportamentais dos pais ou responsáveis quando são os abusadores, o que se deve fazer ao identificar que está ocorrendo um abuso ou a exploração sexual e como realizar as denuncias através do Disque 100, celular do CONTI 8851-0190, através deste blog de notícias e redes sociais, ou procurando pessoalmente os representantes do CREAS, CRAS e CONTI.
O assunto mais trabalhado, foi como apreender a identificar crianças e adolescentes que estão sendo vítimas de violência sexual, muitas vezes em nossa casa, na escola e na comunidade convivemos com crianças e adolescentes que são vitimadas, porém, por falta de instrução e de um olhar mais atencioso, deixamos de notar os pedidos de socorro que involuntariamente as vítimas deixam transparecer na sua maneira de agir e de se comportar.
Veja alguns dos sintomas apresentados por crianças e adolescentes vítimas de violência sexual: Ansiedade excessiva; Presença de pesadelos, conversas ou gritos durante o sono; Dificuldade ou medo de dormir; Perda ou excesso de apetite repentino; Fazer xixi na cama (enurese noturna), ou problemas intestinais; Presença de sangramentos, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, infecções ou dores na região genital e abdominal; Comportamento muito agressivo ou muito isolado; Dificuldade de aprender na escola, quando antes aprendia com facilidade; Dificuldades de concentração; (continua....)
Comportamento extremamente tenso, em “estado de alerta”; Comportamentos muito infantis para a idade; Tristeza, abatimento profundo ou choro sem causa aparente; Comportamento sexualmente explícito (ao brincar, demonstra conhecimento sobre sexualidade inapropriado para a idade); Masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais agressivas; Relutância em voltar para casa; Ausência na escola por vontade dos pais; Descaso com as atividades escolares, poucos amigos; Não confiar em adultos, especialmente os que lhe são próximos; Ideias e tentativas de suicídio; Autoflagelação, ou seja, machucar-se por vontade própria; Fugas de casa; Hiperatividade, ou seja, não consegue parar de se mexer, entre outros sintomas.
Aproveito o espaço deste meu blog, para realizar uma orientação aos leitores que única forma de protegermos nossos filhos é ficarmos atentos, sabendo onde e com quem estão. Os abusadores podem ser pessoas próximas das crianças ou não. O acompanhamento cuidadoso e a orientação às crianças são fundamentais.
Pais: não deixem seus filhos sozinhos, nem confiem demais nas pessoas que se aproximam da sua família e do seu filho. Há sempre um motivo quando alguém se aproxima; é preciso saber que motivo é esse!
A maioria dos casos não é denunciado, principalmente quando há envolvimento de familiares, é mais difícil que a vítima consiga denunciar, por motivos afetivos, por medo do abusador, medo de perder os pais, medo de ser expulso de casa, medo de que não acreditem nela, ou medo de ser o culpado pela discórdia familiar.
Fica ai o
nosso alerta...
