O Prefeito de Iguaracy, Francisco Dessoles, esteve na manhã da última terça (18) participando de uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Vereadores. O prefeito foi convidado pela casa para participar da sessão extraordinária, onde foi discutido o problema da ocupação da antiga Rede Ferroviária Federal.
Dessoles esclareceu sobre a lei municipal 217/2003. "Em 2003 essa casa aprovou uma lei que autoriza o Governo Municipal a adquirir essas terras da extinta rede ferroviária pelo valor aproximado de 26 mil reais. Esta lei está nos anais desta casa. A câmara de vereadores não desconhece esse assunto, por que a lei 217/2003 aprovada por unanimidade na câmara de vereadores deu ao prefeito municipal a autorização para a compra das terras da extinta rede ferroviária federal de Iguaracy e de Irajaí", falou.
O Prefeito foi objetivo e disse que a prefeitura é obrigada a seguir as normas estabelecidas pela legislação. Ele iniciou sua fala destacando sua responsabilidade com a verdade. “Quero dizer inicialmente que não vou fazer um discurso fácil para arrancar o aplauso de vocês. Podia fazer isso. Mas vou, como sempre fiz, me ater a verdade. A maioria das palavras que os senhores ouviram aqui são enganações. Todo mundo sabe que ocupação de terra pública é muito difícil de solução. Muitos querem aplausos. Eu quero aplausos da minha consciência. Sei a dificuldade de cada um de vocês por que sou gestor desse Município e entendo a angústia daqueles que não tem casa, daqueles que não têm o que comer, não tem remédio. Infelizmente é o retrato da nossa vida no dia a dia”, disse.
Dessoles falou baseado em termos legais e ao mesmo tempo com olhar sensível ao movimento. “Eu digo aos senhores, com todo amor que tenho a Iguaracy, o prefeito não só faz aquilo que ele acha bom e bonito. Ele tem um dever legal para cumprir e muitas vezes ele tem que adotar medidas que a lei manda. Não são medidas simpáticas. Não podemos simplesmente ignorar o que diz a lei. Não existe facilidade de desapropriar uma área pública federal. Eu jamais serei contra os senhores de procurar adquirir pelos meios legais esse imóvel ou outro. Agora, a lei me obriga a fazer o que fiz. Se eu não o fizer, estarei prevaricando, estarei cometendo crime de improbidade” relatou.