
Segundo a nota do Vaticano, a questão é extremamente importante e delicada, e por isso “são necessários aprofundamentos a nível internacional e de doutrina jurídica da Igreja”. Entretanto, o Papa Francisco já expressou sua posição de forma clara no prefácio do livro do cardeal Peter Tuckson, onde ele definiu a corrupção com “um câncer” e exortou a “lutar conjuntamente” contra esse fenômeno.
Em seu texto, Francisco lançou um apelo para “se unir e lutar contra essa blasfêmia, esse câncer que está desgastando nossas vidas. A Igreja não deve ter medo de purificar si própria".
Segundo Francisco, a corrupção está na "origem da exploração do homem", da "decadência e falta de desenvolvimento", do "tráfico de pessoas, armas e drogas", da "injustiça social e da humilhação", da "escravidão e desemprego".
Na quinta-feira (15), foi realizado um grande seminário internacional em Roma com cerca de 50 personagens envolvidos na luta contra a corrupção e as máfias, entre os quais juízes, bispos, membros das instituições políticas vaticanas, de vários países e das Nações Unidas, chefes de movimentos sociais, vítimas, jornalistas, estudiosos, intelectuais e embaixadores.
O cardeal Peter Tuckson, abriu a reunião declarando que a razão do "encontro é tentar enfrentar um fenômeno que leva a pisotear na dignidade das pessoas. Nos queremos afirmar que não podemos jamais pisotear ou negar a dignidade das pessoas".