ELEIÇÕES 2022: POR QUE QUEM GANHA EM MINAS GERAIS GANHA NO BRASIL?


ELEIÇÕES 2022: POR QUE QUEM GANHA EM MINAS GERAIS GANHA NO BRASIL?

No mundo da política brasileira há uma premissa que é repetida por cientistas políticos e analistas eleição após eleição: o candidato à Presidência que ganhar em Minas Gerais ganha no Brasil.
Em parte por isso, os dados divulgados da pesquisa de intenção de voto realizada pela Quaest Consultoria sobre as eleições presidenciais em Minas Gerais na última sexta-feira (12) chamaram tanta atenção a menos de dois meses do primeiro turno.
Segundo o levantamento, a diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre caiu nove pontos percentuais entre julho e agosto.
Na pesquisa estimulada (quando nomes são apresentados aos entrevistados), em julho, Lula aparecia com 46% das intenções de voto e Bolsonaro, com 28%. Em agosto, Lula aparece com 42% e Bolsonaro, com 33%. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A comparação no cenário estimulado, no entanto, não é perfeita porque houve mudança na lista de candidatos apresentada em julho e na de agosto, devido à exclusão da candidatura do deputado federal André Janones (Avante-MG) e à inclusão da senadora Soraya Thronicke (União Brasil – MS).
Apesar de Lula manter a liderança no estado, o resultado da pesquisa da Quaest fez com que Janones, que recentemente desistiu de sua candidatura para apoiar o petista, fosse às redes sociais cobrar mudanças nas estratégias do ex-presidente.
“Pesquisa de hoje aqui em MG: diferença entre Lula e Bolsonaro cai de 18 pra 9, com apenas 2 dias de auxílio em R$ 600,00. Ou a esquerda senta no chão da fábrica pra conversar com os operários ou já era. Detalhe: o chão da fábrica atualmente, são as redes sociais, em especial o Face”, disse o deputado em sua página no Twitter.
Além da Quaest, uma pesquisa sobre as eleições presidenciais em Minas Gerais divulgada pelo Ipec (ex-Ibope) na segunda-feira (15) mostra que Lula teria 39% das intenções de voto contra 26% de Bolsonaro, uma diferença de 13 pontos percentuais.
As reações à queda das intenções de voto em Lula e à subida de Bolsonaro fizeram voltar à tona uma pergunta: vencer em Minas Gerais é realmente importante para vencer as eleições presidenciais?
Cientistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que sim. Segundo eles, vencer em Minas Gerais é importante para consolidar a vitória no restante do Brasil por dois motivos principais: o tamanho do seu eleitorado e a heterogeneidade do estado. Eles avaliam Minas Gerais como uma espécie de “miniatura” do país por conta das diferenças regionais e sociodemográficas presentes no estado.
A última vez em que um candidato venceu as eleições presidenciais sem ganhar em Minas Gerais foi em 1950, quando Getúlio Vargas foi eleito presidente. Desde então, todos os presidentes eleitos venceram ganhando em Minas Gerais.
Mais recentemente, os dados da Justiça Eleitoral corroboram essa premissa. Em 1989, Fernando Collor (PTB) foi eleito e teve 55% dos votos em Minas Gerais contra 44% de Lula. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito vencendo em Minas Gerais com 64% dos votos contra 21,9% de Lula. Quatro anos depois, o tucano venceu novamente liderando em Minas Gerais com 55% dos votos contra 28% de Lula.
Em 2002, Lula venceu as eleições e reverteu as derrotas em Minas Gerais. Ele obteve 66,4% dos votos contra 33,55% de José Serra (PSDB). Quatro anos depois, ele voltou a vencer as eleições e liderar em Minas Gerais: 65% dos votos contra 34% do ex-governador de São Paulo e agora candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB).
O mesmo aconteceu com Dilma Rousseff (PT) em 2010 e em 2014 e com Jair Bolsonaro, em 2018. Naquele ano, Bolsonaro venceu no segundo turno com 58,19% dos votos em Minas Gerais e 41,81% dos votos de Fernando Haddad (PT).
BBC News Brasil
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