Lula deve ignorar "ficha de antecedentes" para nomear aliados


Lula deve ignorar "ficha de antecedentes" para nomear aliados

Assim como pressiona o Congresso a mutilar a Lei das Estatais, a fim de permitir que políticos dirijam as empresas com a conhecida gula petista, o presidente Lula terá de alterar a regra de ouro que permite nomear sua turma para cargos de confiança. A regra é clara: antes da nomeação, é preciso que o indigitado receba uma espécie de atestado de “ficha limpa” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O problema é que a companheirada está enrolada em centenas de processos de corrupção.

Fosse Lula um indicado a cargo público e não o presidente eleito, certamente teria dificuldades de receber o “nada consta” da Abin. Pela regra adotada inclusive nos primeiros governos Lula, a Abin vasculha a vida do indigitado, sobretudo antecedentes criminais.

Abin verifica a ficha do cabra, contas irregulares e pendências na praça, histórico de processos e vedações do controle interno, por exemplo. Como a Abin assiste ao presidente, Lula deverá ignorar essa regra de ouro e nomear quem bem entender, como permite a Constituição.

A emenda que vai carimbar a ida de Aloizio Mercadante para a chefia do BNDES caiu como uma luva para a deputada Margarete Coelho (PP-PI), que tenta se reaproximar do PT, partido do antigo aliado Wellington Dias, ex-governador do Piaui. A irmã dela foi secretária de Meio Ambiente e o cunhado ocupou a Secretaria de Transporte. Reaproximar-se do ex-parceiro é um excelente ‘negócio’ para Margarete. Ela não foi reeleita e ele é cotado para o Ministério do Planejamento.

Margarete sonha com apoio do futuro governo na sua próxima empreitada: a diretoria executiva do riquíssimo Sebrae. A emenda surpresa que deve livrar o petista de complicações judiciais ganhou na Câmara o apelido de “Emenda Mercadante”.

A timidez de Margarete na campanha de Jair Bolsonaro, apoiado pelo PP, estremeceu a relação com Ciro Nogueira, cacique do seu partido.

Poder sem Pudor

Lição de austeridade

Quando os políticos falam em “austeridade”, nem de longe pensam em seguir o exemplo do marechal Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra de JK. Em 1955, o deputado Armando Falcão era líder do governo na Câmara e quis subir a serra para visitar familiares em Araras, mas o seu carro quebrou. Ele soube que Lott também subiria a serra e telefonou: “Ministro, o senhor pode me dar uma carona?” O marechal descartou: “Posso, pois não. Mas só até Petrópolis. De lá o senhor aluga um táxi. A gasolina é do Exército e não posso gastá-la com ninguém de fora...”

A mutilação da Lei das Estatais fará as empresas perderem valor de mercado. A irresponsabilidade derrubou a ação da Petrobras em 10%, só ontem. E o Banco do Brasil, que bombava, desabou de R$47 para R$31. Setores de oposição ao futuro governo já se convenceram de que não são ideológicas as razões que levaram Lula a descartar privatizações, mas a intenção de garantir que políticos se lambuzem em seus negócios.

De olho na promessa, ainda não cumprida, de Lula de ter um ministério com mais mulheres, o Solidariedade tenta emplacar Marília Arraes para uma cadeira na Esplanada. Ainda presidente do PSDB, Bruno Araújo disse em novembro que o partido não será da base de apoio a Lula. Mas Araújo não vai apitar nisso e sim o governador gaúcho Eduardo Leite, futuro presidente do partido.

Frase do dia

“Um erro de diagnóstico”

Fernando Haddad definindo o jeito desastroso de Dilma de enfrentar a crise econômica.

O futuro chanceler Mauro Vieira apontou que Lula (PT) vai viajar primeiro aos EUA e China, quando presidente. Bolsonaro escolheu ir ao Fórum Econômico Mundial, na Suíça, e aos EUA nas suas primeiras viagens.

Grandes nomes da última eleição que surpreenderam com o apoio a Lula, como Fernando Henrique Cardoso e o PSDB, ou Simone Tebet (MDB) terão de se contentar com menos do que esperavam.

A Câmara já anunciou o afrouxamento nas atividades. A partir desta quinta (15), todas as sessões do ano serão híbridas, ou seja, não é necessária a presença do parlamentar, que pode votar pelo celular.

Para reduzir a rejeição ao popular nome da PEC Fura-Teto, ou PEC da Gastança, e comover seus pares, deputados do PT chamam o projeto de “PEC Bolsa-família”, que terá apenas um terço do valor liberado.

...sem teto de gastos públicos, nem Lei de Estatais, a próxima investida será contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.
- Diário do Poder

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