Kim Yo-jong acumula uma série de falas incisivas em relação à Coreia do Sul e aos Estados Unidos. Os dois países são inimigos do regime norte-coreano.
A irmã mais nova de Kim Jong-un articulou a recente viagem do ditador à Rússia. Ela também esteve ao lado do ditador há quatro anos, no encontro com o então presidente norte-americano Donald Trump.
Responsável pela política externa do país, há dez anos Kim Yo-jong desempenha a função de censora-chefe, dirigindo o Departamento de Propaganda norte-coreano. Em 2021, a irmã do ditador entrou para a Comissão de Assuntos do Estado (CAE), que é chefiada por seu irmão.
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Seu perfil e história estão bem documentados pelo acadêmico e biógrafo Sung-Yoon Lee, autor do livro The Sister (A Irmã, em tradução para o português). Lee já atuou como conselheiro para governos dos Estados Unidos em assuntos relacionados à Coreia do Norte.
De acordo com o autor do livro, a irmã do ditador possui poder real, como número 2 do regime da Coreia do Norte. Eles são descendentes da dinastia que comanda o país há 75 anos.
Kim Yo-jong não se intimida diante de poderosos e é mais beligerante do que o irmão, segundo o autor, Lee. “Chamou Joe Biden de ‘velho sem futuro’ e o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, de tolo, ao reagir com ameaças de retaliação a um pacto de segurança firmado pelos dois líderes, em abril.”
Irmã de Kim Jong-un é articuladora do regime ditatorial da Coreia do Norte
Kim Yo-jong declara apoio aos países alinhados ideologicamente com a Coreia do Norte. Ela articula, por exemplo, posições em favor da Rússia na guerra contra a Ucrânia. Em janeiro, a norte-coreana afirmou que “estaremos sempre no mesmo campo de batalha com o Exército russo e o povo que luta pela dignidade e pela honra do seu país, por sua soberania e segurança”.
Segundo o escritor, a mulher, com idade estimada em 35 anos (não há informações oficiais sobre a idade dela), compartilha responsabilidades com o irmão ditador nos crimes contra a humanidade.
Além de “idiota”, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, já foi chamado de “fantoche” e “cão fiel” dos Estados Unidos, conforme informações da agência estatal KNCA.
Os xingamentos foram proferidos depois de o governo sul-coreano propor sanções unilaterais contra a Coreia do Norte pelos lançamentos de mísseis realizados em novembro de 2022.
Em agosto do mesmo ano, a irmã do ditador Kim Jong-un disse que as armas nucleares não serão abandonadas. A Coreia do Sul fez oferta de ajuda econômica em troca do abandono do programa de armas nucleares. “O cúmulo do absurdo”, disse Kim Yo-jong, ao recusar a proposta. “Ninguém troca seu destino por bolos de milho.”
Fonte: Da Redação da Revista Oeste
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