O Brasil registrou mais de 172 mil certidões de nascimento sem o nome dos pais em 2023, o maior número desde 2016. A série histórica aponta para um aumento de 24,5% da ausência paterna nos últimos sete anos. Os números foram obtidos por meio de um levantamento exclusivo feito pelo R7 com dados do Portal da Transparência do Registro Civil. Em contrapartida, também cresceu o número de reconhecimentos de paternidade nos últimos anos.
Com as diversas políticas voltadas para o tema, o portal registrou em 2016 cerca de 14,6 mil reconhecimentos nos registros, número que duplicou no ano passado, alcançando 35,3 mil reconhecimentos.
Com as diversas políticas voltadas para o tema, o portal registrou em 2016 cerca de 14,6 mil reconhecimentos nos registros, número que duplicou no ano passado, alcançando 35,3 mil reconhecimentos.
Promotor de justiça de Defesa da Filiação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Jamil Amorim opina que a falta de registro paterno traz inúmeros prejuízos, como a dificuldade no desenvolvimento emocional adequado, o que segundo ele pode "gerar conflito de identidade, baixa autoestima, sentimento de abandono e rejeição".
Também existem os prejuízos de ordem material, como a perda do direito à herança, à pensão alimentícia ou à pensão por morte; e os imateriais, como o direito à convivência com a família paterna, o risco de namoro e casamento com irmãos consanguíneos; ausência de informação sobre doenças hereditárias e maior dificuldade em caso de eventual necessidade de transplante de órgãos, por exemplo.
Notícias R7