O que tem dentro da Lua


O que tem dentro da Lua

É oficial: cientistas descobriram o que tem dentro da Lua, e não é queijo. Uma pesquisa detalhada finalmente divulgou seus resultados, e revelou que o núcleo interno da Lua é, na verdade, uma esfera sólida com densidade similar à do ferro.

Essa descoberta, segundo os pesquisadores, promete contribuir para resolver um longo debate sobre a natureza do núcleo lunar, se é sólido ou fundido, e proporcionar uma compreensão mais precisa da história da Lua e, por extensão, do Sistema Solar. 

Através dos resultados, foi possível questionar a evolução do campo magnético lunar ao demonstrar a existência de um núcleo interno. Ainda, a equipe responsável também reforçou uma mudança global no cenário do manto, trazendo insights significativos sobre a linha do tempo lunar nos primeiros bilhões de anos do Sistema Solar.

A investigação da composição interna dos corpos celestes do Sistema Solar é mais eficazmente conduzida por meio de dados sísmicos.

A maneira como as ondas acústicas geradas por terremotos se propagam e refletem nos materiais dentro de um planeta ou lua pode auxiliar os cientistas na elaboração de um mapa detalhado do interior do objeto.

No entanto, o que acontece é que possuímos dados sísmicos lunares coletados durante a missão Apollo, mas sua resolução é insuficiente para determinar com precisão o estado do núcleo interno.

Sabemos da existência de um núcleo externo fluido, porém sua extensão permanece em disputa. Modelos de núcleo interno sólido e completamente fluido se encaixam igualmente bem com os dados da Apollo.

Assim, para esclarecer essa questão de uma vez por todas, Briaud e seus colegas reuniram dados de missões espaciais e experimentos lunares utilizando lasers para compilar um perfil de várias características da Lua.

Isso incluiu o grau de sua deformação devido à interação gravitacional com a Terra, variações em sua distância da Terra e sua densidade.

Em seguida, eles realizaram modelagem com diversos tipos de núcleos para determinar qual deles melhor correspondia aos dados observacionais.

Resultados

As descobertas foram intrigantes. Em primeiro lugar, os modelos que mais se aproximam do que sabemos sobre o que tem dentro da Lua descrevem uma atividade ativa nas profundezas do manto lunar.

Isso indica que o material mais denso dentro da Lua está se deslocando em direção ao centro enquanto o material menos denso está subindo.

Essa atividade tem sido proposta há muito tempo como uma explicação para a presença de certos elementos nas regiões vulcânicas da Lua. A pesquisa da equipe adiciona mais uma peça ao quebra-cabeça das evidências a favor dessa teoria.

Além disso, os cientistas descobriram que o núcleo lunar é muito similar ao da Terra, com uma camada externa fluida e um núcleo interno sólido.

Segundo sua modelagem, o núcleo externo possui um raio de aproximadamente 362 quilômetros (225 milhas), enquanto o núcleo interno tem um raio de cerca de 258 quilômetros (160 milhas). Isso equivale a cerca de 15% do raio total da Lua.

Ainda, a equipe descobriu que o núcleo interno tem uma densidade de aproximadamente 7.822 quilogramas por metro cúbico, muito próxima da densidade do ferro.

Via Wikimedia

Reforça teoria anterior

Curiosamente, em 2011, uma equipe liderada pela cientista planetária da NASA, Renee Weber, obteve um resultado semelhante utilizando técnicas sísmicas avançadas nos dados da Apollo para estudar o núcleo lunar.

Na época, as evidências mostravam que o núcleo interno teria um raio de aproximadamente 240 quilômetros. Enquanto isso, a densidade apontada seria de 8 mil por metro cúbico. Ou seja, extremamente preciso, em relação à essa nova pesquisa.

Os resultados da equipe de Briaud confirmam teorias anteriores e apresentam um forte argumento defendendo que o que tem dentro da Lua é igual à Terra. Isso tem implicações significativas para estudos na área.

É fato que, pouco tempo após sua formação, a Lua possuía um campo magnético poderoso, que começou a diminuir aproximadamente 3,2 bilhões de anos atrás.

Esse campo magnético vem do movimento e convecção no núcleo. Portanto, a composição do núcleo lunar é fundamental para entender como e por que o campo magnético desapareceu.

Dado o interesse da ciência em voltar a pisar na Lua em um futuro próximo, pode ser que não tenhamos que esperar muito para confirmar essas descobertas e conhecer mais sobre seu interior, sem verificações sísmicas. (Via Fatos Desconhecidos)

Fonte: Science Alert

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