Alzheimer: cientistas brasileiros identificam substância que pode restaurar memória


Alzheimer: cientistas brasileiros identificam substância que pode restaurar memória

Um estudo conduzido por cientistas brasileiros pode representar um avanço significativo na luta contra o Alzheimer, oferecendo novas perspectivas para o tratamento dessa doença neurodegenerativa e podendo até mesmo restaurar a memória.

A equipe de pesquisadores desenvolveu uma abordagem inovadora que tem o potencial de recuperar a capacidade de memorização em pacientes afetados pela condição.

Molécula inovadora pode restaurar a memória entre neurônios

Durante a pesquisa, os cientistas identificaram uma substância derivada da cetamina que mostrou-se promissora na reversão dos déficits cognitivos causados pelo Alzheimer.

Essa substância, denominada hidroxinorketamina (HNK), tem a capacidade de reativar a produção de proteínas essenciais para a comunicação entre os neurônios no cérebro, um processo crítico para a formação e manutenção das memórias.

A HNK atua diretamente no processo de consolidação da memória, permitindo que os neurônios voltem a registrar e armazenar informações novas.

Segundo os pesquisadores, a falta de síntese proteica prejudica esse processo, levando ao esquecimento de informações em poucas horas.

Esse mecanismo explica por que pacientes com Alzheimer frequentemente perdem memórias recentes, mas ainda conseguem recordar eventos ocorridos há muitos anos.

Essa descoberta abre novas possibilidades no tratamento da doença, podendo, no futuro, ser um marco no desenvolvimento de terapias que ajudem a preservar ou até mesmo restaurar a função cognitiva em indivíduos com Alzheimer. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Alguém com Alzheimer pode não ter sintomas?

A substância não possibilita restaurar a memória já perdida devido ao Alzheimer. A pesquisa foi realizada em modelos animais, e os cientistas estão otimistas quanto à possibilidade de testes em humanos no futuro próximo.

A expectativa é de que um medicamento à base de HNK possa impedir que pacientes esqueçam informações essenciais, como tarefas cotidianas.

Os pesquisadores, entretanto, ressaltam que a restauração da capacidade de memorização não significa a recuperação de lembranças já apagadas pela doença. As memórias perdidas precisariam ser reaprendidas pelos pacientes.

Outro ponto importante é que, ao contrário da cetamina, a HNK não é um anestésico, nem provoca dependência ou alucinações.

Trata-se de uma substância produzida naturalmente pelo organismo, que atua especificamente nos danos causados pelo Alzheimer, mas não nas causas da doença.

Já os medicamentos atualmente disponíveis focam nas placas de beta-amiloide, podendo desacelerar a progressão da doença em até 30%. No entanto, esses remédios não restauram a capacidade de aprender e reter novas informações.

Adicionalmente, esses tratamentos mostram maior eficácia quando o Alzheimer é diagnosticado em suas fases iniciais. No entanto, esse diagnóstico precoce é raro, pois a maioria dos casos só é identificada quando o paciente já apresenta sintomas moderados e claros da doença.

Sobre o Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta milhões de pessoas no mundo, principalmente idosos.

Ela se caracteriza pela deterioração das funções cognitivas, especialmente a memória, o pensamento e o comportamento, afetando de maneira significativa a vida diária dos pacientes.

Ainda não se sabe a causa exata da doença, mas acredita-se que esteja relacionada a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida.

Essa é a forma mais comum de demência, e suas principais características incluem o acúmulo de placas de beta-amiloide e emaranhados de proteína tau no cérebro.

Esses depósitos causam a morte das células nervosas (neurônios) e a perda das conexões entre elas, o que leva à degeneração das funções cerebrais.

Os sintomas começam de forma sutil, com perda de memória recente, e podem evoluir para desorientação, dificuldades em realizar tarefas diárias, alterações de humor e, em estágios avançados, perda da capacidade de se comunicar e reconhecer pessoas.

A doença de Alzheimer é genética?

Embora a genética desempenhe um papel importante no Alzheimer, a maioria dos casos não é diretamente hereditária.

A forma mais comum da doença, o Alzheimer esporádico, ocorre principalmente em pessoas com mais de 65 anos e está associada a fatores de risco como idade, histórico familiar, estilo de vida e condições como diabetes, hipertensão e obesidade.

No entanto, há uma forma rara chamada Alzheimer familiar, que é herdada e costuma aparecer em pessoas mais jovens, antes dos 60 anos.

Essa forma está associada a mutações em genes como o APP, PSEN1 e PSEN2, que afetam a produção de proteínas envolvidas no acúmulo de placas de beta-amiloide.

Tratamentos atuais

Atualmente, os tratamentos disponíveis para o Alzheimer se limitam a aliviar os sintomas, mas não conseguem interromper ou reverter a progressão da doença, nem restaurar a memória.

É mais comum usar inibidores para aumentar o neurotransmissor envolvido na memória e no aprendizado, ajudando a reduzir os sintomas cognitivos. Além disso, se aplica um sistema glutamatérgico para regular a atividade do glutamato, um neurotransmissor envolvido na excitação neuronal.

No entanto, esses medicamentos oferecem benefícios temporários e variam de paciente para paciente.

Nos últimos anos, as pesquisas avançaram para encontrar algo mais sólido, retardando o surgimento da doença e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Assim, pode ser uma esperança para recuperar a memória e prevenir o desenvolvimento dos sintomas mais graves, cada vez mais cedo.

Fonte: Olhar Digital, Mais Sobre Alzheimer
Via Fatos Desconhecidos

BLOG TV WEB SERTÃO
A MELHOR SELEÇÃO DE NOTÍCIAS!

As matérias e os textos que não são de nossa autoria, nem sempre expressam, necessariamente, a opinião, o pensamento ou orientação ideológica da Web Sertão.

SOBRE FONTE E AUTORIA DAS INFORMAÇÕES

Boa parte das matérias que são de interesse publico acabam viralizando nos meios de comunicação sem a devida fonte e autoria do conteúdo. Em caso de ausência ou divergências relacionada aos créditos de alguma informação aqui republicada, texto ou imagem, pedimos que entre em contato com a nossa redação pelo - (87) 98821-5232 - para ratificações.

CLIQUE NOS BANNERS PARA ACESSAR AS LOJAS DE VEÍCULOS