Como perdemos séculos de progresso tecnológico e científico porque alguns monges apagaram um livro de Arquimedes


Como perdemos séculos de progresso tecnológico e científico porque alguns monges apagaram um livro de Arquimedes

O livro de Arquimedes é um importante documento da ciência, com avanços científicos e tecnológicos formidáveis. Infelizmente, monges destruíram essas anotações sem saber da importância.

Cerca de 1800 anos antes de Isaac Newton e Gottfried Leibniz desenvolverem o cálculo que nos permitiu construir megaestruturas como pontes e arranha-céus, e de as teorias combinatórias que deram origem à programação, ciência de dados e inteligência artificial, além de nos abrirem o caminho para a conquista do espaço, a humanidade já dominava esse conhecimento. No entanto, ele foi acidentalmente destruído.

Esse conhecimento estava em um livro hoje conhecido como Palimpsesto de Arquimedes, que continha a mais antiga abordagem da matemática combinatória, a base da física teórica que sustenta nossa engenharia moderna.

Essa matemática nos permite calcular áreas, volumes e resolver problemas cotidianos, como estimar o tempo de viagem de um trem entre dois pontos. Esse saber, existente desde o século II a.C., foi perdido por um acaso triste.

Quem foi Arquimedes?

Arquimedes (c. 287 a.C. – 212 a.C.) foi um dos maiores cientistas e matemáticos da antiguidade. Nascido em Siracusa, uma colônia grega na Sicília, ele fez contribuições significativas em diversos campos, incluindo matemática, física, engenharia, astronomia e invenções mecânicas.

São várias as suas contribuições. Por exemplo, ele descobriu a lei da flutuabilidade, que descreve que um objeto submerso em um fluido é empurrado para cima com uma força igual ao peso do fluido deslocado.

Arquimedes também desenvolveu métodos avançados para calcular áreas, volumes e superfícies de sólidos. Ele quase antecipou o cálculo integral ao usar o método da exaustão para aproximar o valor de π (pi).

Ele projetou várias máquinas, incluindo a famosa “Parafuso de Arquimedes” (usado para bombear água) e sistemas de alavancas e polias.

E durante o cerco de Siracusa pelos romanos, o livro de Arquimedes ajudou a projetar uma série de máquinas de guerra, como catapultas e espelhos que, segundo alguns relatos, queimavam navios inimigos concentrando a luz do sol.

Palimpsesto ou Livro de Arquimedes

O Palimpsesto de Arquimedes é um manuscrito que contém textos escritos por Arquimedes. Ou seja, continha suas ideias, pensamentos, fórmulas e conhecimento de vida.

O nome vem do material usado. Um manuscrito reciclado em pergaminho geralmente se chama palimpsesto.

Esse documento é importante porque contém obras perdidas de Arquimedes, incluindo tratados matemáticos e teóricos que não sobreviveram de outra forma.

Entre os principais trabalhas, existe o Método dos Teoremas Mecânicos, que expõe o uso de métodos mecânicos para resolver problemas geométricos, o Stomachion, sobre combinatória e probabilidade, e o Equilíbrio dos Planos. que explora o conceito de centro de gravidade e princípios de alavancas.

Séculos de progresso apagados para escrever hinos

No entanto, tudo mudou em 1906, quando o filólogo dinamarquês Johan Ludvig Heiberg, ao estudar manuscritos medievais, encontrou um livro de orações e cantos religiosos que chamou sua atenção.

Sob as inscrições feitas por monges no século XIII, Heiberg conseguiu identificar vestígios de um texto apagado de Arquimedes, que correspondia a uma de suas obras perdidas: o Método dos Teoremas Mecânicos.

Mais de 90 anos se passaram até que, após o manuscrito desaparecer por décadas, o recuperaram. Em um leilão, um comprador anônimo o adquiriu por 2 milhões de dólares, permitindo que a ciência o reexaminasse.

Utilizando técnicas modernas de luz ultravioleta, infravermelha e raios X, os cientistas revelaram o texto matemático oculto no pergaminho. Foi uma descoberta revolucionária, capaz de transformar a história da humanidade, mas que infelizmente ocorreu tarde demais.

Via R7

Desconhecimento

Em defesa desses monges, é importante notar que, ao destruírem o pergaminho em Constantinopla, vários séculos atrás, eles provavelmente não tinham ideia do valor do que tinham em mãos.

Naquela época, o pergaminho era uma mercadoria rara e cara, então frequentemente raspavam textos antigos para reutilizar e criar livros religiosos.

Essa prática, conhecida como palimpsesto, deu origem ao nome Palimpsesto de Arquimedes, pelo qual essa extraordinária peça de arqueologia é conhecida hoje.

Infelizmente, nunca saberemos o que poderia ter acontecido se esses cálculos não tivessem sido apagados, nem quais outros avanços ou descobertas permanecem ocultos em livros reciclados, agora reescritos com salmos e orações.

Contudo, a recuperação de parte do documento ajudou a desvendar esse mistério na história. Além disso, parte dos conhecimentos do livro de Arquimedes permaneceram, e se tornaram base para o que conhecemos hoje.

Fonte: IGN, Wikipedia

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