
Houve mais tempo para conversar com os amigos no recreio, mas dúvidas sobre a regra, como onde guardar os celulares. A proibição dos aparelhos na volta às aulas em parte das redes de educação (em muitas, o ano letivo começa até esta quarta-feira) foi seguida sem grandes incidentes com alunos registrados por professores.
Mas a falta de orientações e guias específicos sobre o tema, que ainda são preparados pelo Ministério da Educação, se refletiu em confusão sobre o que pode e o que não pode ser feito para cumprir a restrição.
Em São Paulo, instituições visitadas ainda não adaptaram totalmente à norma. Em alguns casos, professores guardaram os celulares; em outros, diretores recomendam que o aparelho fique desligado e na mochila.
Em São Paulo, instituições visitadas ainda não adaptaram totalmente à norma. Em alguns casos, professores guardaram os celulares; em outros, diretores recomendam que o aparelho fique desligado e na mochila.
As sugestões diferem de uma lei municipal aprovada no fim do ano passado, antes da sanção da lei federal no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei municipal estabelece armários ou caixas para guardá-los, como tem acontecido em diversos colégios privados, em aula desde a semana passada.
Muitos alunos evitaram levar o aparelho, sem ter certeza de que só o ato de carregá-lo era proibido. A confusão também alcançou alguns professores que, segundo os estudantes, informaram que celulares confiscados só poderiam ser retirados pelos pais ou responsáveis.
Limaria Justino, mãe de Ana Júlia, de 11 anos, brincou que a filha foi pensou em fazer um abaixo-assinado contra a proposta. Mas mudou de ideia depois do primeiro dia.
— Eu pensei que não podia nem trazer pra escola. Como iam ficar as crianças que pegam perua, e as que têm que avisar os pais? — disse a estudante, para justificar sua resistência inicial.
Na escola estadual Carlos Maximiliano Pereira Dos Santos, alunos do 6° ao 9° relataram que não havia um espaço próprio para guardar o aparelho. A recomendação da diretoria foi desligar o celular. Caso um aluno fosse pego infringindo a norma, teria o equipamento confiscado e devolvido somente na saída.
Os estudantes paulistas reconheceram que o celular não fez tanta falta. A maioria citou que os primeiros dias são dedicados a reencontros e brincadeiras, e sem o aparelho, puderam aproveitar os amigos e conversas sem distrações. Mas a maioria não esperou muito para fazer uso do aparelho, assim que deixaram a escola. “Agora pode”, “me sinto liberta”, brincavam algumas crianças.
Arthur e Matheus, ambos de 15 anos, começaram o ensino médio na segunda-feira em uma escola estadual na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo. Amigos desde que estudavam em um colégio particular, os dois tiveram as mesmas impressões quanto à nova lei.
— O dia foi normal, só achei um pouco mais cansativo, porque não tive o entretenimento do celular, disse Arthur. — Quando soube da lei, fiquei normal, já que não usava mesmo.
O pai do estudante, Rinaldo, explicou que a família já o proibia de levar o celular à escola, por medo de assaltos, ou que ele o quebrasse ou perdesse.
— Agora vai ser até melhor para ele se adaptar. Entendo que é um mal necessário. O celular é muito bom, mas se deixar, a criançada não vai aprender nada, defende o pai.
Matheus e Arthur contaram que na primeira semana de adaptação, só poderão pegar os aparelhos nos intervalos do período integral. Mas ressalvaram que não havia nenhum sistema de armazenamento para os aparelhos, que foram entregues ao professor.
O Globo
Muitos alunos evitaram levar o aparelho, sem ter certeza de que só o ato de carregá-lo era proibido. A confusão também alcançou alguns professores que, segundo os estudantes, informaram que celulares confiscados só poderiam ser retirados pelos pais ou responsáveis.
Limaria Justino, mãe de Ana Júlia, de 11 anos, brincou que a filha foi pensou em fazer um abaixo-assinado contra a proposta. Mas mudou de ideia depois do primeiro dia.
— Eu pensei que não podia nem trazer pra escola. Como iam ficar as crianças que pegam perua, e as que têm que avisar os pais? — disse a estudante, para justificar sua resistência inicial.
Na escola estadual Carlos Maximiliano Pereira Dos Santos, alunos do 6° ao 9° relataram que não havia um espaço próprio para guardar o aparelho. A recomendação da diretoria foi desligar o celular. Caso um aluno fosse pego infringindo a norma, teria o equipamento confiscado e devolvido somente na saída.
Os estudantes paulistas reconheceram que o celular não fez tanta falta. A maioria citou que os primeiros dias são dedicados a reencontros e brincadeiras, e sem o aparelho, puderam aproveitar os amigos e conversas sem distrações. Mas a maioria não esperou muito para fazer uso do aparelho, assim que deixaram a escola. “Agora pode”, “me sinto liberta”, brincavam algumas crianças.
Arthur e Matheus, ambos de 15 anos, começaram o ensino médio na segunda-feira em uma escola estadual na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo. Amigos desde que estudavam em um colégio particular, os dois tiveram as mesmas impressões quanto à nova lei.
— O dia foi normal, só achei um pouco mais cansativo, porque não tive o entretenimento do celular, disse Arthur. — Quando soube da lei, fiquei normal, já que não usava mesmo.
O pai do estudante, Rinaldo, explicou que a família já o proibia de levar o celular à escola, por medo de assaltos, ou que ele o quebrasse ou perdesse.
— Agora vai ser até melhor para ele se adaptar. Entendo que é um mal necessário. O celular é muito bom, mas se deixar, a criançada não vai aprender nada, defende o pai.
Matheus e Arthur contaram que na primeira semana de adaptação, só poderão pegar os aparelhos nos intervalos do período integral. Mas ressalvaram que não havia nenhum sistema de armazenamento para os aparelhos, que foram entregues ao professor.
O Globo